Durante uma conversa telefónica com o líder político do Hamas, Ismail Haniye, citada pelas agências internacionais, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, sublinhou que "a firmeza do povo e a resistência palestiniana fizeram com que o regime israelita esteja preso num atoleiro na guerra de Gaza".
O Exército de Israel iniciou uma ofensiva generalizada sobre a Faixa de Gaza na sequência dos ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) em 07 de outubro de 2023 contra alvos militares e civis israelitas perto do enclave palestiniano.
O chefe da diplomacia de Teerão defendeu ainda que as instituições internacionais devem adotar "medidas urgentes" para "deter o massacre de pessoas sem teto, mulheres e crianças em Gaza e nos territórios palestinianos" e fornecer ajuda humanitária "a toda a gente em Gaza", segundo um comunicado do ministério publicado a propósito da conversa mantida com Ismail Haniye.
O ataque conduzido pelo Hamas em 07 de outubro causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Israel tem em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou cerca de 32.000 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes devido ao colapso dos hospitais, ao surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
Desde 07 de outubro, mais de 420 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém Leste, territórios ocupados pelo Estado judaico, para além de se terem registado perto de 7.000 detenções e mais de 3.000 feridos.
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