Alto-comissário da ONU para os direitos humanos condena ataque na Rússia
O alto-comissário das Nações Unidas para os direitos humanos, Volker Türk, condenou hoje o atentado numa sala de concertos nos arredores de Moscovo, no qual morreram pelo menos 133 pessoas.
© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images
Mundo Rússia/Ucrânia
"Estou horrorizado pelo mortal ataque contra a sala de concertos Crocus City Hall. Nada justifica tal ataque", assinalou o responsável através de uma declaração publicada na rede social X, citada pela agência Efe.
Volker Türk disse que os perpetradores do ataque devem ser responsabilizados em conformidade com as normas dos direitos humanos, e expressou a sua solidariedade e a do organismo que dirige às vítimas.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo, sucessor do antigo KGB, informou que já foram detidas onze pessoas no âmbito do atentado.
Entre os detidos estão quatro terroristas que participaram pessoalmente no ataque, segundo o diretor do FSB, Alexandr Bortnikov.
O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar por volta das 20:15 de Moscovo (17:15 em Lisboa), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, informou a AFP.
O ataque contra civis foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI) ainda na noite de sexta-feira.
"O ataque foi realizado por quatro combatentes do EI armados com metralhadoras, uma pistola, facas e bombas incendiárias", afirmou o grupo numa das contas que detém no Telegram, acrescentando que o ataque ocorreu no contexto da "guerra violenta" entre o grupo e "os países que lutam contra o Islão".
O grupo terrorista divulgou hoje, através da agência Amaq (o principal canal de propaganda da organização), uma imagem dos quatro alegados autores do ataque, com metade do rosto coberto e boné em frente a uma bandeira do EI.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou hoje o que denominou de ato terrorista "bárbaro e sangrento", apelou à vingança e, embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que os quatro detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma "janela" para ajudá-los a escapar.
As autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento no ataque e uma fonte da inteligência dos EUA disse à Associated Press que as agências norte-americanas confirmaram que o grupo era responsável pelo ataque.
O ataque, que foi o mais mortífero na Rússia em anos, ocorreu poucos dias depois de Putin ter cimentado o seu poder numa vitória eleitoral que gerou críticas de vários países ocidentais e quando a guerra na Ucrânia se arrasta para o terceiro ano.
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