Perante forte presença policial em torno do Tribunal distrital Basmanny, espera-se que a instância determine as medidas de coação para os suspeitos pelo ato de terrorismo ocorrido no Crocus City Hall, um grande complexo comercial na periferia de Moscovo.
Até ao momento, as forças de segurança detiveram 11 pessoas relacionadas com o ataque, das quais quatro participaram pessoalmente no atentado, segundo as autoridades russas.
O ataque, reivindicado por um grupo filiado no movimento 'jihadista' Estado Islâmico (EI), foi o mais mortífero em solo russo os últimos anos.
O número de mortos no ataque aumentou para 137, incluindo três crianças, anunciaram hoje investigadores russos, referindo que foram encontradas armas e munições no local.
"A identificação dos corpos das vítimas está em curso. Atualmente, os corpos de 137 pessoas, incluindo três crianças, foram encontrados no local do ataque terrorista", afirmou o comité russo de investigação russo, em comunicado.
"Até ao momento, foram identificados 62 corpos e estão a ser realizados exames genéticos para estabelecer a identidade" de outras vítimas, indicou a mesma fonte.
O comité russo de investigação russo acrescentou ainda que no local foram encontradas duas espingardas de assalto e uma grande quantidade de munições.
O anterior balanço, divulgado no sábado, apontava para 133 pessoas mortas no ataque na sexta-feira contra a sala de concertos Crocus City Hall, a cerca de 20 quilómetros do centro de Moscovo, das quais as autoridades russas tinham já identificado 29.
De acordo com os últimos dados fornecidos pelas autoridades russas, além das vítimas mortais, o ataque deixou 154 pessoas feridas, a maioria das quais ainda se encontra hospitalizada.
A Rússia vive hoje um dia de luto nacional pelas vítimas deste ataque nos arredores de Moscovo. Desde o início do dia que os cidadãos levam flores ao local do ataque, na cidade de Krasnogorsk, com as bandeiras russas em todas as instituições estatais a meia haste.
O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI) e condenado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que o denominou de ato terrorista "bárbaro e sangrento" e apelou à vingança.
Embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que quatro dos detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma "janela" para ajudá-los a escapar.
As autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento no ataque e uma fonte da inteligência dos Estados Unidos da América disse à Associated Press que as agências norte-americanas confirmaram que o grupo era responsável pelo ataque.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo relatou a detenção de 11 cidadãos alegadamente ligados ao atentado, entre os quais os quatro terroristas que terão perpetuado diretamente o ataque.
Segundo comunicado do EI, o ataque de sexta-feira insere-se no contexto da "guerra violenta" entre o grupo e "os países que lutam contra o Islão".
Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e diversos outros países e organizações internacionais condenaram o atentado.
Também a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) condenou "inequivocamente" o ataque de sexta-feira nos arredores de Moscovo, reivindicado pelo EI, entidade qualificada pela Casa Branca como um "inimigo terrorista comum".
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