O país, que elevou ao nível máximo o plano de segurança nacional, "ofereceu aos serviços russos", tal como a outros parceiros na região, "uma cooperação reforçada".
"Devemos evitar qualquer instrumentalização ou distorção, mas ser exigentes e eficazes. É com esse espírito que estamos a avançar e espero que a Rússia faça o mesmo", disse o chefe de Estado à chegada ao departamento francês da Guiana, enquanto o seu homólogo russo Vladimir Putin apontou o dedo à Ucrânia.
O Presidente francês afirmou que "seria cínico e contraproducente para a própria Rússia e para a segurança dos seus cidadãos utilizar este contexto para tentar virá-lo contra a Ucrânia".
Questionado sobre a possibilidade de discutir este assunto diretamente com o seu homólogo russo, Macron respondeu que "numa primeira fase", os contactos terão lugar a nível "técnico e ministerial".
Durante uma reunião hoje no Palácio do Eliseu, o executivo francês afirmou que "este grupo em particular, que aparentemente está envolvido neste ataque", esteve implicado em "várias tentativas" de ataque terrorista em França.
"E assim, dadas as suas ramificações e intenções, como medida de precaução, mas com elementos credíveis e sólidos", foi elevado para o seu nível máximo o plano de segurança nacional, que tinha sido reduzido em janeiro para o nível 2 ("segurança reforçada -- risco de atentado"), disse o chefe de Estado.
O grupo 'jihadista' afegão filiado do grupo Estado Islâmico em Khorasan (EI-K) é o principal suspeito do ataque de Moscovo, de acordo com especialistas em terrorismo mundial e com os serviços secretos franceses.
De acordo com os últimos dados oficiais, o atentado na Crocus City Hall, a 20 quilómetros do centro de Moscovo, causou pelo menos 137 mortos e 182 feridos, tendo os quatro presumíveis autores do ataque sido acusados domingo de terrorismo, crime punível com prisão perpétua.
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