Líbano. Observadores da ONU feridos por obus junto à fronteira com Israel

Quatro observadores da ONU foram feridos por um obus no sul do Líbano, quando na fronteira israelo-libanesa ocorriam as trocas de tiros diárias entre Israel e o Hezbollah, anunciou hoje um organismo de vigilância das Nações Unidas.

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© MAHMOUD ZAYYAT/AFP via Getty Images

Lusa
30/03/2024 12:49 ‧ 30/03/2024 por Lusa

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"Esta manhã, quatro observadores militares da UNTSO, que efetuavam uma patrulha a pé ao longo da 'Linha Azul'", que marca a fronteira com Israel, "ficaram feridos quando um obus explodiu nas proximidades", declarou a Organização de Supervisão de Tréguas das Nações Unidas para o Médio Oriente (UNTSO), num comunicado.

Considerando "inaceitável atingir as forças de manutenção da paz", a UNTSO apelou a todas as partes para que "cessem a intensa troca de tiros".

No comunicado é acrescentado que os observadores foram hospitalizados e que está a ser investigada "a causa da explosão".

Este organismo, que inclui observadores desarmados, é independente da Força Interina das Nações Unidas (UNIFIL), que tem cerca de 10.000 efetivos de manutenção da paz destacados no sul do Líbano, na fronteira com Israel.

A agência noticiosa nacional libanesa (ANI) noticiou que "aviões inimigos", em referência a Israel, tinham bombardeado a região de Rmeich, onde ocorreu o incidente, afirmando que a patrulha tinha sido alvo do fogo.

Em comunicado, o exército israelita afirmou que, "contrariamente ao que foi noticiado pela imprensa, o exército não atingiu um veículo da UNIFIL na região de Rmeich esta manhã".

Há quase seis meses que o exército israelita enfrenta o Hezbollah na fronteira entre Israel e o Líbano, com o Hezbollah xiita a afirmar apoio ao movimento islamista palestiniano Hamas na sua guerra contra Israel em Gaza.

Elementos das forças de manutenção da paz da UNIFIL têm sido feridos desde o início da violência no sul do Líbano.

Na quinta-feira, a UNIFIL apelou a uma redução "imediata" da tensão na fronteira, no dia seguinte a um dia mortífero em que doze civis, incluindo dez socorristas, foram mortos.

Em quase seis meses, pelo menos 347 pessoas foram mortas no Líbano - na sua maioria combatentes do Hezbollah, mas também pelo menos 68 civis - em confrontos com Israel, de acordo com uma contagem da AFP.

A violência na fronteira também deslocou milhares de pessoas do sul do Líbano e do norte de Israel, onde, segundo o exército, foram mortos dez soldados e oito civis.

Criada em 1948, após a primeira guerra israelo-árabe, a UNTSO foi a primeira operação de manutenção da paz criada pela ONU.

Leia Também: Pelo menos 9 mortos em dois bombardeamentos israelitas no sul do Líbano

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