"As minhas profundas condolências à WCK e às famílias dos mortos", declarou Philippe Lazzarini, nas redes sociais, lembrando que essa organização não-governamental estava a fornecer "a tão necessária assistência alimentar a uma população faminta".
O chefe da UNRWA lembrou que o pessoal humanitário nunca pode ser alvo de ataques, nem mesmo em situações de conflito.
A WCK anunciou hoje a suspensão das atividades na Faixa de Gaza, após a morte de sete funcionários de ajuda humanitária num alegado ataque aéreo israelita.
"A World Central Kitchen está desolada por confirmar que sete membros da nossa equipa foram mortos em Gaza num ataque das Forças de Defesa de Israel (FDI)", disse a ONG.
Entre as vítimas estão cidadãos da "Austrália, Polónia, Reino Unido, um cidadão com dupla nacionalidade norte-americana e canadiana e três palestinianos", afirmou, em comunicado.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro, a WCK tem participado nos esforços de socorro, no fornecimento de refeições aos residentes de Gaza.
A WCK é uma das duas ONG ativamente envolvidas na entrega de ajuda a Gaza por barco a partir de Chipre e também esteve envolvida na construção de um cais temporário.
Fundada pelo 'chef' espanhol José Andrés, a ONG indicou que a equipa viajava numa caravana humanitária composta por "dois carros blindados com o logótipo WCK e um veículo ligeiro" no momento do ataque.
"Apesar de coordenar os movimentos com o exército israelita, a caravana foi atingida ao sair do armazém de Deir al-Balah, onde a equipa tinha descarregado mais de 100 toneladas de ajuda alimentar humanitária transportada para Gaza por via marítima", acrescentou.
O exército de Israel anunciou que vai "uma investigação aprofundada" ao incidente, numa mensagem na rede social X.
Leia Também: ONG suspende operações após ataque que matou sete funcionários em Gaza