"A destruição do grupo de narcotráfico Carlos Patiño é hoje uma ordem e um apoio à soberania da Colômbia", escreveu o Presidente na rede social X, numa mensagem em que denunciou que aquele grupo é um "exército privado dos cartéis mexicanos" do narcotráfico na zona do Canyon Micay, na região de Cauca.
As tropas colombianas foram atacadas por esse grupo na noite de terça-feira quando iam instalar uma ponte para substituir uma outra destruída por aquela guerrilha na aldeia de La Hacienda.
Segundo o Exército, o ataque ocorreu na zona rural do município de Balboa, "onde as unidades foram atacadas com um engenho explosivo que estava enterrado num dos taludes da estrada".
Cauca - onde estão presentes dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), bem como grupos de tráfico de droga - é palco de constantes ataques que perturbam a ordem pública.
Exemplo disso foi o rapto, na passada semana, de 28 polícias e de um militar, ocorrido nas aldeias de El Plateado e La Hacienda, situadas nos municípios de Argelia e El Tambo.
O Ministério do Interior reconheceu hoje que "tomou conhecimento de que a população civil está a ser forçada a agir contra a presença das forças de segurança".
"É inaceitável que as comunidades estejam a ser exploradas para fins ilegais que ameaçam a sua paz e tranquilidade. O Governo nacional reitera o seu compromisso de proteger as vidas dos seus cidadãos em todo o país", acrescentou o Ministério.
Em 12 de outubro do ano passado, o Exército lançou a Operação Perseu, com mais de mil militares, para retomar o controlo de El Plateado, o principal bastião do grupo Carlos Patiño, fação do Estado-Maior Central (EMC), o maior grupo dissidente das antigas FARC, envolvido no tráfico de droga.
No entanto, cinco meses depois, a mobilização militar não produziu os resultados esperados, e os dissidentes continuam a controlar a área e a desafiar o Estado.
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