"No que diz respeito aos mísseis do Irão que chegam à Rússia, estamos a trabalhar em conjunto para tentar interromper e penalizar qualquer fornecimento deste tipo, seja do Irão, da Coreia do Norte ou de qualquer outro país, incluindo a China", afirmou.
Para Blinken -- que participou numa conferência de imprensa em Paris ao lado do chefe da diplomacia francesa, Stéphane Séjourné -- "não se trata apenas de uma ameaça para a Ucrânia", mas de "uma ameaça para a segurança europeia no seu conjunto".
A questão das transferências de armas para a Rússia será abordada numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO em Bruxelas, segundo o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, que se deslocará na quarta-feira para a Bélgica.
Questionados sobre a perspetiva de adesão da Ucrânia à NATO, Stéphane Séjourné e Antony Blinken referiram-se à comunicação feita em Vilnius, em julho passado, onde se falou da adesão do país sem definir uma data.
"Os Estados-membros estão empenhados em apoiar as reformas da Ucrânia na via da integração na NATO, como é óbvio", disse Séjourné, referindo que nos próximos dias será confirmada "a unidade dos países da NATO em torno desta fórmula, que deverá continuar a ser a mesma de Vilnius".
Em resposta, Blinken afirmou que "tal como os aliados disseram em Vilnius, a Ucrânia será membro da NATO" e que era necessário "ter uma rota muito boa e muito clara para chegar a esta conclusão".
"A cimeira da NATO e o 75º aniversário serão muito centrados, de uma forma muito concreta, na forma de estabelecer essa rota", disse Blinken.
Durante a conferência, os dois altos diplomatas recordaram a necessidade de um "cessar-fogo imediato" em Gaza, com o secretário de Estado norte-americano a pedir a Israel uma investigação sobre o ataque que causou a morte de sete funcionários da organização Cozinha Central Mundial (WCK) em Gaza.
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