"O regime de Kyiv não faz nada sem a aprovação dos seus supervisores ocidentais. Esperamos que, neste caso, os serviços secretos franceses não estejam por trás disto", afirmou Sergeï Choïgou, num comunicado à imprensa do seu ministério, onde relata a chamada.
Paris já tinha afirmado que, durante esta conversa, o ministro francês das Forças Armadas, Sébastien Lecornu, tinha "lembrado a disponibilidade da França" para o "aumento de intercâmbios" com a Rússia na luta contra o "terrorismo", após o ataque de 22 de março, reivindicado pelo EI.
Nesse dia, homens armados entraram numa sala de concertos, abriram fogo contra a multidão e incendiaram o edifício, num ataque reivindicado pelo EI que provocou pelo menos 144 mortos e 360 feridos.
O Kremlin admitiu que "radicais islamitas" estiveram por trás do ataque, mas, ao mesmo tempo, denunciou o alegado envolvimento da Ucrânia, coordenado pelo Ocidente.
O ministério russo voltou também, mais uma vez, às recentes afirmações controversas do presidente francês, Emmanuel Macron, que estimou em fevereiro que o envio de topas para a Ucrânia não poderia "ser excluído".
"Sergueï Shoïgu indicou que se [estas declarações] forem concretizadas, criarão problemas para a própria França", afirmou o ministério russo.
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