O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, esta quinta-feira, que a Rússia foi colocada "numa posição" em que é "forçada a proteger os seus interesses" de "forma armada".
"Todos compreendem as condições em que vivemos. Fomos colocados numa posição em que o país é forçado a proteger os seus interesses de uma forma armada, o seu povo, o seu futuro, a sua soberania", afirmou Putin num congresso, segundo cita a agência estatal russa TASS.
Recordando o atentado à sala de concertos Crocus City Hall, perto de Moscovo, Putin defendeu que os mentores do ataque queriam, sobretudo, prejudicar a "unidade" da Rússia.
"Temos todos os motivos para pensar que o principal objetivo dos mentores do horrível ataque terrorista assassino em Moscovo era precisamente prejudicar a nossa unidade. Não se vislumbram quaisquer outros objetivos", completou.
Recorde-se que, hoje, os serviços de segurança russos (FSB) anunciaram que detiveram outras três outras pessoas suspeitas de terem estado envolvidas no atentado terrorista.
Apesar de o atentado, que provocou 145 mortos e mais de 500 feridos, ter sido reivindicado por um grupo ligado à organização terrorista Estado Islâmico, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, reafirmou hoje a acusação do envolvimento da Ucrânia.
Aliás, Moscovo admitiu que o atentado foi feito por um grupo de islamitas de origem tajique, mas tem insistido em procurar uma "pegada ucraniana". Afirmou, por isso, ter provas do financiamento dos terroristas por parte da Ucrânia, uma afirmação que Kyiv negou categoricamente.
As autoridades russas já fizeram várias detenções na sequência do atentado, incluindo os quatro suspeitos de o terem concretizado.
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