Depois da reunião de hoje, em Bruxelas, entre o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinian, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Moscovo apontou a possibilidade de surgirem "novas linhas divisórias e um crescimento descontrolado das tensões".
"Avaliamos a reunião de alto nível do formato Arménia-EUA-UE realizada em Bruxelas como uma nova tentativa do Ocidente de envolver o Cáucaso do Sul em confrontos geopolíticos", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo em comunicado.
Antes da reunião de Bruxelas, em que também participou o alto representante da UE para a política externa, Josep Borrell, a presidente da Comissão Europeia anunciou um pacote de 270 milhões de euros de ajuda direta à Arménia para tornar a economia e a sociedade do país mais "robustas" e "à prova de choque" nos próximos cinco anos.
A diplomacia russa argumentou que "a interferência irresponsável e destrutiva de forças externas nos assuntos do sul do Cáucaso, as tentativas de abrir uma brecha entre os países da região e os seus vizinhos, podem ter as consequências mais negativas para a estabilidade, a segurança e o desenvolvimento económico da região".
"É evidente que o Ocidente quer transformar a Arménia num instrumento para os seus objetivos extremamente perigosos no sul do Cáucaso", segundo o ministério, que acusou Washington e Bruxelas de fazerem promessas de curta duração a Yerevan para que a Arménia se afaste da Organização do Tratado de Segurança Coletiva e da União Económica Eurasiática, assim como retire a base militar russa e os guardas fronteiriços ali estacionados.
Também o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, alertou contra as tentativas do Ocidente de transformar a Arménia, seu rival regional, num "posto avançado" armado no sul do Cáucaso.
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