Guterres nomeia Julie Bishop como enviada especial da ONU para o Myanmar

O secretário-geral da ONU, António Guterres, nomeou a ex-ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Julie Bishop, como a sua nova enviada para o Myanmar (antiga Birmânia), foi hoje divulgado.

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Lusa
05/04/2024 21:25 ‧ 05/04/2024 por Lusa

Mundo

Julie Bishop

Com os combates espalhados no país, o lugar tem estado vago desde a saída, em junho de 2023, da anterior enviada especial da ONU, Noeleen Heyzer.

Ao anunciar a nomeação de Bishop, o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, destacou que a australiana dará ao cargo "uma vasta experiência política, jurídica, de gestão e de liderança".

Bishop serviu como ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália entre 2013 e 2018 e anteriormente ocupou outros cargos governamentais. Foi membro do Parlamento australiano de 1998 a 2019 e atualmente é reitora da Universidade Nacional Australiana.

Esta quinta-feira, durante uma reunião do Conselho de Segurança dedicada ao Myanmar, o subsecretário-geral da ONU responsável pela Ásia, Khaled Khiari, tinha garantido que seria anunciado em breve um novo enviado.

"[O novo enviado deverá] Cooperar com a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), os Estados-membros e todas as partes com o objetivo de avançar em direção a uma solução política para a crise" no Myanmar, apontou.

A ONU apelou na quinta-feira para que não sejam esquecidas as necessidades vividas pelos civis birmaneses que vivem na fome e no medo, enquanto o conflito entre a junta militar e os grupos étnicos minoritários se espalha.

Segundo a ONU, o país tem 2,8 milhões de deslocados, 90% destes deslocados desde o golpe militar de 2021.

A junta militar chegou ao poder em fevereiro de 2021 através de um golpe de Estado que derrubou o Governo democraticamente eleito de Aung San Suu Kyi, pondo fim a um período de 10 anos de democracia e mergulhando o país na violência.

Além de ativistas pró-democracia, a junta também combate vários grupos armados étnicos.

A violência intensificou-se desde outubro passado, quando grupos étnicos armados lançaram uma série de ataques coordenados, aos quais o exército respondeu com força, não hesitando em bombardear vilas e cidades.

Espera-se este ano que a insegurança alimentar afete cerca de 12,9 milhões de pessoas, ou quase 25% da população.

Leia Também: ONU pede embargo à venda de combustível a Myanmar

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