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Condenado à pena de morte pede "sobras da cantina" para última refeição

Michael Dewayne Smith renunciou também ao seu direito de dizer as suas últimas palavras, antes de lhe ser administrada a injeção letal. Até lá, sempre negou os crimes e garantiu ser inocente.

Condenado à pena de morte pede "sobras da cantina" para última refeição
Notícias ao Minuto

10:31 - 08/04/24 por Notícias ao Minuto

Mundo EUA

Um recluso executado por injeção letal, na passada quinta-feira, 4 de abril, no Estabelecimento Prisional de Oklahoma, nos Estados Unidos, chamou a atenção dos meios de comunicação social devido à escolha da sua última refeição.

Michael Dewayne Smith, de 41 anos, não pediu o seu prato preferido, nem nenhuma refeição digna de rei, como costuma acontecer. O norte-americano, que é vegetariano, decidiu comer apenas as "sobras da cantina" da prisão, como relata o New York Post.

Antes de ser executado, o norte-americano renunciou também às suas últimas palavras. "Não, estou bem", disse apenas, quando questionado sobre o que queria dizer antes de lhe ser administrada a injeção letal.

Dias antes, em entrevista ao jornal local Oklahoman, Michael Dewayne Smith, que foi condenado à morte pelo homicídio de duas mulheres, em 2002, reiterou a sua inocência e admitiu que não queria morrer: "Quem está preparado para morrer? Claro que eu não quero morrer por algo que não fiz", sublinhou, acrescentando que, na altura, andava sempre "drogado" e não tinha sequer memória de ter sido detido.

Na altura do julgamento ficou provado em tribunal que Michael, então com 19 anos, era um "membro implacável" de um gangue, que matou Janet Moore, de 40 anos, enquanto procurava pelo filho desta por acreditar que o tinha denunciado às autoridades, e, dias depois, matou Sharatah Babu Pulluru, de 24, com nove tiros por esta ter "desrespeitado" o gangue ao qual pertencia num artigo publicado num jornal.

Michael sempre garantiu que estava inocente a apontou Richard Glossip, também no corredor da morte por um outro homicídio, como o verdadeiro autor dos assassinatos, algo que nunca ficou provado.

O advogado do norte-americano alegou até ao último momento que o cliente sofria de uma "deficiência intelectual", que agravou com o consumo excessivo de drogas.

Foram vários os pedidos para que este cumprisse pena de prisão perpétua em vez de ser executado, contudo, estes foram sempre negados e às 10h19 da passada quinta-feira, 4 de abril, Michael foi declarado morto por injeção letal.

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