Arizona limita aborto, Biden reage: "Não protege em violação ou incesto"

O Supremo Tribunal do Arizona quer voltar a uma lei que data de 1864, onde o único motivo para esta intervenção será o de colocar a vida da grávida em risco.

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© Drew Angerer/Getty Images

Notícias ao Minuto
09/04/2024 19:56 ‧ 09/04/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Aborto nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reagiu à decisão do Supremo Tribunal do Arizona, que esta terça-feira deu 'luz verde' a uma lei que proíbe o aborto em quase todos os casos - mesmo nos de violação ou incesto.

"Milhões de pessoas do Arizona vão em breve viver sob uma proibição do aborto ainda mais extrema e perigosa, que não protege as mulheres mesmo quando a sua saúde está em risco ou em casos como a violação ou o incesto", lê-se numa nota publicada no site da presidência norte-americana.

Sublinhando que esta é uma "proibição cruel", Biden lembra que a lei data de 1864, "há mais de 150 anos", quando o Arizona ainda "nem era um estado" e muito antes de as mulheres terem direito a votar.

"Esta decisão é o resultado da agenda extrema dos republicanos eleitos, que estão empenhados em retirar a liberdade às mulheres", escreve.

Arizona. Supremo decide a favor de lei que proíbe quase todos os abortos

Arizona. Supremo decide a favor de lei que proíbe quase todos os abortos

A lei em causa foi criada em 1864, ainda antes de o Arizona ser um estado oficial. Lei proíbe aborto mesmo em caso de incesto ou violação.

Notícias ao Minuto | 18:48 - 09/04/2024

Referindo que tanto ele como a sua vice-presidente, Kamala Harris, estão "do lado" dos norte-americanos que apoiam o direito das mulheres a escolherem, Biden deixa a promessa de que "continuará a lutar para que os direitos reprodutivos" sejam protegidos - assim como a apelar ao Congresso que aprove uma lei para reestabelecer as proteções que eram dadas pela Roe vs. Wade.

Já a lei que recebeu aprovação no Arizona, que esteve 'adormecida' durante anos, proíbe todas as interrupções voluntárias da gravidez, à exceção dos casos em que "é necessário salvar" a vida da grávida.

Segundo explica a imprensa norte-americana, segundo esta lei, os médicos que praticarem a  intervenção podem vir a enfrentar penas de prisão de dois até cinco anos.

Leia Também: "Deve ser lei". Trump quer deixar estados legislarem sobre o aborto

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