O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reagiu à decisão do Supremo Tribunal do Arizona, que esta terça-feira deu 'luz verde' a uma lei que proíbe o aborto em quase todos os casos - mesmo nos de violação ou incesto.
"Milhões de pessoas do Arizona vão em breve viver sob uma proibição do aborto ainda mais extrema e perigosa, que não protege as mulheres mesmo quando a sua saúde está em risco ou em casos como a violação ou o incesto", lê-se numa nota publicada no site da presidência norte-americana.
Sublinhando que esta é uma "proibição cruel", Biden lembra que a lei data de 1864, "há mais de 150 anos", quando o Arizona ainda "nem era um estado" e muito antes de as mulheres terem direito a votar.
"Esta decisão é o resultado da agenda extrema dos republicanos eleitos, que estão empenhados em retirar a liberdade às mulheres", escreve.
Referindo que tanto ele como a sua vice-presidente, Kamala Harris, estão "do lado" dos norte-americanos que apoiam o direito das mulheres a escolherem, Biden deixa a promessa de que "continuará a lutar para que os direitos reprodutivos" sejam protegidos - assim como a apelar ao Congresso que aprove uma lei para reestabelecer as proteções que eram dadas pela Roe vs. Wade.
Já a lei que recebeu aprovação no Arizona, que esteve 'adormecida' durante anos, proíbe todas as interrupções voluntárias da gravidez, à exceção dos casos em que "é necessário salvar" a vida da grávida.
Segundo explica a imprensa norte-americana, segundo esta lei, os médicos que praticarem a intervenção podem vir a enfrentar penas de prisão de dois até cinco anos.
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