Hospital público no Quénia despede 100 médicos em greve há quase um mês

Um hospital público da capital do Quénia, Nairobi, despediu 100 médicos que participam numa greve nacional que dura há quase um mês, informou hoje a sua direção.

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© SIMON MAINA/AFP via Getty Images

Lusa
09/04/2024 21:02 ‧ 09/04/2024 por Lusa

Mundo

Quénia

O Kenyatta University Referral Hospital disse que foram contratados novos médicos para substituir os que estavam em greve.

Os médicos do Quénia entraram em greve a nível nacional em meados de março, exigindo melhores salários e condições de trabalho.

No domingo, o Presidente queniano, William Ruto, quebrou o silêncio sobre a greve, afirmando que não havia dinheiro para pagar aos médicos grevistas.

"Temos de ser honestos connosco próprios e a verdade é que temos de viver dentro das nossas possibilidades, não podemos pedir dinheiro emprestado para pagar os salários", afirmou Ruto.

O sindicato dos médicos manteve-se inflexível e hoje centenas de médicos participaram em protestos e apresentaram uma petição ao parlamento, instando os legisladores a intervir no seu conflito laboral.

Esta não é a primeira vez que os médicos quenianos fazem greve devido a más condições salariais e de trabalho. Em 2017, os médicos participaram numa greve de 100 dias que provocou a morte de pessoas por falta de cuidados. A greve terminou com o sindicato dos médicos a assinar um acordo com o Governo para aumentar os seus salários.

Os médicos dizem agora que parte do que foi acordado em 2017 não foi aplicado.

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