A mulher que encontrou os primeiros restos mortais de Émile, o menino de dois anos que desapareceu em julho, em França, recordou o momento em que se deparou com o crânio durante uma caminhada perto de Le Vernet nos Alpes-de-Haute-Provence, França, no mês passado.
Identificada como 'Manon', a mulher contou que encontrou as ossadas "a meio do caminho". "Era branco e estava muito limpo. Só tinha os dentes de cima", contou à rádio francesa BFM TV.
Naquele momento, 'Manon' "sabia que era ele", o pequeno Émile, e chorou até se conseguir acalmar. Decidiu então levar consigo os restos mortais da criança porque "se voltasse poderiam não estar lá".
"Por isso, levei-o. Sabia que em dias de vento como aquele, se esperarmos, a montanha já não é a mesma", explicou.
"Fiz o caminho a correr, queria apressar-me", contou. "Disse a mim própria: 'depressa, depressa, depressa (...) A polícia vai encontrar o culpado... a investigação vai finalmente avançar'".
Do caminho da montanha até sua casa, levou o crânio "com o braço estendido" porque "senti-lo a tocar na pele" aterrorizava-a. Quando chegou à porta de casa pensou que era "inconcebível" entrar com as ossadas, por isso, chamou a polícia, que as recolheu.
Émile, de apenas dois anos, desapareceu em Haut-Vernet a 8 de julho de 2023. O crânio e dentes da criança foram encontrados no passado dia 30 de março, a poucos quilómetros da casa dos avós, de onde desapareceu.
Alguns dias depois, a 2 de abril, o Ministério Público de Aix-en-Provence anunciou que as roupas do menino tinham sido encontradas a cerca de 150 metros do local onde o crânio tinha sido descoberto. No dia seguinte, as autoridades descobriram um "pequeno pedaço de osso" pertencente ao pequeno Émile.
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