A decisão surge numa altura em que o Irão ameaça atacar Israel, acusado de um ataque ao consulado iraniano em Damasco, em 01 de abril, em que morreram comandantes da Guarda Revolucionária iraniana.
A decisão do Governo francês foi tomada "numa reunião de crise", disse o ministro, citado pela agência francesa AFP.
O ministro Stéphane Séjourné apelou ainda para o "regresso das famílias dos agentes diplomáticos de Teerão" e para a proibição de missões de funcionários franceses aos países em causa.
Num ataque atribuído a Israel, mas não assumido por Telavive, 16 pessoas morreram em 01 de abril na destruição de um edifício na capital síria onde funcionava o consulado do Irão.
Entre os mortos, estavam o chefe da Força Quds na Síria e no Líbano, general Mohamed Reza Zahedi, o seu adjunto, general Mohamed Hadi Haj Rahimi, e mais cinco oficiais da Guarda Revolucionária iraniana.
Desde então, as autoridades iranianas advertiram que reservavam o direito de responder e o líder supremo, o 'ayatollah' Ali Khamenei, disse que Israel se iria arrepender.
O ataque em Damasco foi o pior golpe para o Irão desde 2020, quando um bombardeamento norte-americano no Iraque matou o general Qasem Soleimani, que comandava a Força Quds da Guarda Revolucionária.
A tensão entre Israel e o Irão aumentou significativamente desde a ofensiva militar israelita em Gaza, que se seguiu a um ataque do grupo extremista Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023.
O Irão apoia o Hamas, que domina a Faixa de Gaza desde 2007, e é qualificado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
O ataque sem precedentes de 07 de outubro contra Israel causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
A ofensiva israelita provocou mais de 33.600 mortos e a destruição de numerosas infraestruturas em Gaza, segundo as autoridades de saúde do enclave palestiniano.
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