EUA com "ajustes militares" no Médio Oriente após ameaça "real" do Irão

Em causa está o conflito que envolve o grupo islamita Hamas e Israel, que tem elevado as tensões na região. Perante as ameaças iranianas a Telavive, a Casa Branca admitiu ter feito algumas mudanças em termos militares. Washington não deu detalhes, mas garante que "analisou" a situação.

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© OLIVIER DOULIERY/AFP via Getty Images

Teresa Banha com Lusa
12/04/2024 16:50 ‧ 12/04/2024 por Teresa Banha com Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Os Estados Unidos (EUA) admitiram, esta sexta-feira, ter feito algumas mudanças na postura das forças militares no Médio Oriente, face às ameaças do Irão.

Citada pelas publicações internacionais, o porta-voz da Conselho Nacional de Segurança, John Kirby, sublinhou que a ameaça iraniana é "real" e que estava a ser analisada de forma séria.

"Continuamos a considerar que a ameaça do Irão é real e viável", explicou o responsável, que não detalhou os motivos que levam o país a considerar que esta é uma ameaça verdadeira. Kirby recusou-se também a confirmar informações de que um ataque por parte das forças iranianas em Israel seria "iminente".

Washington estará ainda a garantir que Telavive tem "aquilo de que precisa" para se defender. Mas Kirby foi mais longe e, sem dar grandes detalhes, admitiu que a postura das forças militares no Médio Oriente se alterou, por forma a "garantir que estão devidamente preparados".

"Não posso negar que analisámos a situação e fizemos alguns ajustes. Não vou entrar em pormenores", explicou.

França recomenda que cidadãos evitem Irão, Líbano, Israel e Palestina

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A França recomendou hoje aos seus cidadãos que não viajem para o Irão, Líbano, Israel e territórios palestinianos nos próximos dias, anunciou o gabinete do chefe da diplomacia de Paris .

Lusa | 11:41 - 12/04/2024

As tensões no Médio Oriente escalaram devido ao conflito em curso entre Israel e o Hamas, que foi desencadeado por um ataque realizado em outubro do ano passado pelo movimento islamita palestiniano.

Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria, civis, e sequestradas cerca de 240 pessoas, das quais uma grande parte continua na Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 30.000 pessoas, também maioritariamente civis.

Israel advertiu na terça-feira que responderá a qualquer retaliação do Irão, onde quer que seja, após o ataque contra o consulado iraniano em Damasco, do qual os israelitas de dissociaram.

O ataque destruiu o consulado iraniano em Damasco e causou 16 mortos, incluindo sete membros do Corpo da Guarda Revolucionária, o Exército ideológico da República Islâmica, segundo uma ONG.

Entre os mortos, estavam o chefe da Força Quds na Síria e no Líbano, general Mohamed Reza Zahedi, o seu adjunto, general Mohamed Hadi Haj Rahimi, e mais cinco oficiais da Guarda Revolucionária iraniana.

Desde então, as autoridades iranianas advertiram que reservavam o direito de responder e o líder supremo, o 'ayatollah' Ali Khamenei, disse que Israel se iria arrepender.

O ataque em Damasco foi o pior golpe para o Irão desde 2020, quando um bombardeamento norte-americano no Iraque matou o general Qasem Soleimani, que comandava a Força Quds da Guarda Revolucionária.

Leia Também: EUA dizem que Irão pode atacar Israel nas próximas 48 horas

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