"Já não podemos obter qualquer informação sobre estes prisioneiros", declarou a organização num comunicado, segundo o diário palestiniano Filastin, simpatizante do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), no poder na Faixa de Gaza.
A organização sublinhou que os prisioneiros palestinianos "estão sujeitos à proteção que lhes é concedida pelo Direito Internacional" e apelou ao governo israelita para que "coopere" com a Cruz Vermelha.
"Temos vindo a acompanhar casos de tortura prolongada de detidos palestinianos", afirmou.
"Estamos a pedir que nos seja concedido acesso a estes detidos para sabermos em que condições se encontram", afirmou, depois de as forças de segurança israelitas terem detido mais 25 palestinianos na Cisjordânia nas últimas 24 horas.
As detenções, que incluem menores e antigos prisioneiros, concentraram-se na zona de Tulkarem, mas foram também registadas detenções em Ramallah, al-Bireh, Jenin, Nablus, Tubas e Jerusalém Oriental, segundo a agência noticiosa palestiniana WAFA.
Desde o ataque de 7 de outubro do movimento islamita Hamas em solo israelita -- que causaram cerca de 1.200 mortos e perto de 250 raptados -, as forças israelitas detiveram mais de 8.000 palestinianos, quer nas suas casas quer em postos militares.
A ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza causou até agora mais de 33.700 mortos, além de cerca de 460 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos.
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