O exército israelita tem bombardeado incessantemente o território palestiniano de Gaza desde o ataque sem precedentes do movimento islamita Hamas em solo israelita, em 07 de outubro.
Agências da ONU levaram a cabo uma "missão de avaliação" em Khan Younès, uma grande cidade do sul, após a retirada dos soldados em 07 de abril, afirmou a UNRWA num comunicado de imprensa.
A UNRWA tem-se deparado com "obstáculos significativos para operar em segurança devido à presença de munições e engenhos por explodir, incluindo bombas de 450 quilos dentro de escolas e em estradas", lê-se na nota.
"Milhares de pessoas deslocadas necessitam de uma vasta gama de assistência vital, incluindo saúde, água, saneamento e alimentos", acrescentou a UNRWA.
A ONU tinha referido no início de abril que seriam necessários "milhões de dólares e vários anos para descontaminar as munições não deflagradas na Faixa de Gaza".
"Estamos a trabalhar com o pressuposto de que 10% das munições não estão a funcionar como previsto", disse o chefe do Serviço da ONU de Ação contra as Minas, Charles Birch, citado no documento.
"Estimamos que, para começar a desminar Gaza, precisamos de 45 milhões de dólares (42 milhões de euros)", acrescentou.
O ataque do Hamas de 07 de outubro no sul de Israel matou 1.170 pessoas, a maioria civis, de acordo com um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelitas.
Mais de 250 pessoas foram raptadas e 129 continuam detidas em Gaza, 34 das quais morreram, segundo as autoridades israelitas.
A ofensiva israelita matou 33.843 pessoas em Gaza, na sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
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