Merchan explicou que enquanto um potencial jurado era questionado sobre uma publicação nas suas redes sociais, o político gesticulava e falava em voz alta na sua direção.
"O seu cliente estava a falar alto. Não permitirei que nenhum jurado seja intimidado no tribunal", frisou o magistrado à defesa do magnata republicano.
A seleção do júri para este caso, o primeiro na história dos EUA a envolver um ex-presidente, começou na segunda-feira em Nova Iorque, um processo que deverá durar cerca de duas semanas.
Trump, antes de iniciar a sessão de hoje, queixou-se na sua rede social Truth Social de sofrer uma ordem de silêncio que não lhe permite responder a todas as "mentiras e vómitos" que recebe em programas de televisão.
O ex-presidente norte-americano referia-se à proibição que o juiz lhe impôs, sob pena de multa, de escrever sobre testemunhas, membros do Ministério Público e da magistratura, bem como os familiares destes, depois de o magnata ter visado de forma depreciativa a filha do juiz Juan Merchan, pela sua proximidade aos democratas.
A acusação a Trump centra-se em pagamentos de 130 mil dólares que a empresa do ex-presidente fez ao então seu advogado pessoal, Michael Cohen. Este entregou esta soma, em nome de Trump, à estrela de filmes pornográficos Stormy Daniels, para comprar o seu silêncio, um mês da eleição presidencial em 2016, dadas as suas alegações de que teria tido um encontro sexual com o multimilionário.
Além de Nova Iorque, Trump é ainda acusado criminalmente em Washington e na Georgia pelos seus esforços para reverter a sua derrota eleitoral em 2020, assim como na Florida, por reter ilegalmente documentos confidenciais após deixar o cargo em 2021.
As datas do julgamento dos outros três casos criminais ainda permanecem indefinidas.
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