Juiz garante que vai impedir que jurados sejam intimidados por Trump

O juiz Juan Manuel Merchan garantiu hoje que não vai permitir que nenhum membro do júri seja intimidado por Donald Trump durante o julgamento do ex-presidente norte-americano, depois do republicano ter interrompido o depoimento de um candidato.

Notícia

© Getty Images

Lusa
16/04/2024 23:50 ‧ 16/04/2024 por Lusa

Mundo

Julgamento

Merchan explicou que enquanto um potencial jurado era questionado sobre uma publicação nas suas redes sociais, o político gesticulava e falava em voz alta na sua direção.

"O seu cliente estava a falar alto. Não permitirei que nenhum jurado seja intimidado no tribunal", frisou o magistrado à defesa do magnata republicano.

A seleção do júri para este caso, o primeiro na história dos EUA a envolver um ex-presidente, começou na segunda-feira em Nova Iorque, um processo que deverá durar cerca de duas semanas.

Trump, antes de iniciar a sessão de hoje, queixou-se na sua rede social Truth Social de sofrer uma ordem de silêncio que não lhe permite responder a todas as "mentiras e vómitos" que recebe em programas de televisão.

O ex-presidente norte-americano referia-se à proibição que o juiz lhe impôs, sob pena de multa, de escrever sobre testemunhas, membros do Ministério Público e da magistratura, bem como os familiares destes, depois de o magnata ter visado de forma depreciativa a filha do juiz Juan Merchan, pela sua proximidade aos democratas.

A acusação a Trump centra-se em pagamentos de 130 mil dólares que a empresa do ex-presidente fez ao então seu advogado pessoal, Michael Cohen. Este entregou esta soma, em nome de Trump, à estrela de filmes pornográficos Stormy Daniels, para comprar o seu silêncio, um mês da eleição presidencial em 2016, dadas as suas alegações de que teria tido um encontro sexual com o multimilionário.

Além de Nova Iorque, Trump é ainda acusado criminalmente em Washington e na Georgia pelos seus esforços para reverter a sua derrota eleitoral em 2020, assim como na Florida, por reter ilegalmente documentos confidenciais após deixar o cargo em 2021.

As datas do julgamento dos outros três casos criminais ainda permanecem indefinidas.

Leia Também: Procuradoria de Nova Iorque apresenta queixa contra Trump por desacato

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas