Durante uma entrevista à agência noticiosa estatal búlgara BTA, em Washington, à margem das reuniões da primavera do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), Radev explicou que esta nova data é um cenário mais realista na atual fase que a zona euro atravessa.
A inflação, que constitui o principal obstáculo à adesão da Bulgária, membro da União Europeia desde 2007, à zona euro, registou uma evolução encorajadora nos últimos meses.
Dados recentes do Instituto Nacional de Estatística búlgaro revelam uma descida da inflação para 3% em março, em termos homólogos, o que representa um terço do aumento dos preços verificado há um ano.
Para fazer parte da zona euro, a inflação na Bulgária não deve exceder em mais de 1,5% a taxa dos três membros da zona euro com a inflação mais baixa em termos homólogos.
Embora a Bulgária cumpra atualmente a taxa de inflação média da zona euro de 2,4%, alguns países têm taxas anuais consideravelmente baixas, como a Lituânia, com 0,3%, a Finlândia, com 0,7%, e a Letónia, com 1%, segundo o Eurostat.
Por outro lado, a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, disse à BTA que está confiante na adesão da Bulgária à zona euro até 2025, apesar da instabilidade política do país nos últimos três anos.
A Bulgária prepara-se para realizar as sextas eleições gerais em três anos, em 09 de junho.
Georgieva salientou também a flexibilidade da data de adesão, referindo que, apesar de os países aderirem tradicionalmente em 01 de janeiro, não há qualquer impedimento à adoção do euro noutras datas, como março, junho ou setembro, desde que exista um consenso político na Bulgária.
Para concluir, Georgieva sublinhou a importância de o próximo governo evitar a introdução de políticas suscetíveis de gerar pressões inflacionistas adicionais na economia do país.
A Bulgária já adiou a adoção do euro de 2024 para 2025, precisamente devido à elevada inflação.
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