Paralelamente, a ex-primeira-ministra sérvia acusou os membros da Aliança Atlântica de prejudicarem a paz e a estabilidade nos Balcãs face ao plano para aprovar uma resolução das Nações Unidas sobre o genocídio de Srebrenica.
"Apesar do facto de (a resolução) prejudicar a paz e a estabilidade na Bósnia-Herzegovina, nos Balcãs Ocidentais e em todos os Balcãs, não desistem (os países da NATO)", criticou Brnabic em conferência de imprensa em Belgrado, transmitida pela emissora pública RTS.
Brnabic referia-se ao projeto de resolução patrocinado pela Alemanha e pelo Ruanda, e apoiado por muitos outros países, para que a Assembleia Geral das Nações Unida declare o dia 11 de julho como o "Dia Internacional da Memória do Genocídio cometido em Srebrenica em 1995".
Com debate previsto para o próximo dia 02, a resolução condena ainda, entre outros pontos, a negação do genocídio e a glorificação dos criminosos que o cometeram.
A responsável lamentou ser "triste" que os países da Aliança prefiram evitar escaladas "com tropas, em vez de dialogar", ao mesmo tempo que insinuou que a provável adoção da resolução teria um impacto muito negativo.
"Deus salve o mundo inteiro, pelo que isso vai causar", afirmou a responsável, depois de a imprensa local ter divulgado que a NATO vê risco de instabilidade na região, pelo que anunciou o envio de tropas adicionais para a Bósnia-Herzegovina e o Kosovo.
O Tribunal Penal Internacional para os crimes de guerra cometidos na ex-Jugoslávia (TPIJ), em Haia, concluiu que, em julho de 1995, as forças militares da República Srpska cometeram um genocídio contra a população civil muçulmana bósnia de Srebrenica, matando cerca de 8.000 homens muçulmanos.
A Republika Srpska, uma das duas regiões da Bósnia-Herzegovina, e a Sérvia não reconhecem o veredicto do TPIJ.
O Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, e o Presidente da República Srpska, Milorad Dodik, condenaram o projeto de resolução sobre Srebrenica e anunciaram uma forte campanha contra a sua adoção na ONU.
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