"Para de reclamar", terá dito trabalhadora de creche antes de bebé morrer

Kate Roughley, de 37 anos, está acusada de homicídio negligente pela morte de Genevieve Meehan em maio de 2022.

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Notícias ao Minuto
18/04/2024 19:50 ‧ 18/04/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Reino Unido

Uma funcionária de uma creche de Stockport, em Inglaterra, acusada de matar um bebé de nove meses, terá dito à menina para “parar de reclamar” dias antes da sua morte.

Genevieve Meehan, conhecida como Gigi, foi encontrada inconsciente num quarto do berçário Tiny Toes a 9 de maio de 2022.

Segundo o The Guardian, na sessão em tribunal, esta quinta-feira, o juiz ouviu como Kate Roughley, de 37 anos, envolveu firmemente a bebé num cobertor e amarrou-a, de bruços, num pufe, ignorando os seus gritos e sinais de luta.

Mais de uma hora e meia depois, Genevieve foi descoberta com o rosto azul e sem sentidos. Morreu no hospital um dia depois.

Os jurados do tribunal de Manchester assistiram a imagens de videovigilância da sexta-feira anterior à morte de Genevieve, que a procuradora alegou mostrar Roughley a agarrar a bebé com força e a agir de forma pouco paciente. 

A funcionária da creche disse à criança de nove meses para "parar de choramingar e reclamar" e “mudar o disco", enquanto a bebé chorava a tossia. Tinha voltado ao berçário no dia anterior após um período no hospital com uma infeção respiratória. 

“Genevieve, se tivemos alguma hipótese de sermos amigas, estragaste tudo”, disse ela à bebé, acrescentando: "Estás a deixar-me louca".

Roughley cuidava de 10 bebés sozinha em determinado momento, depois de outro membro da equipa voltar para casa doente. No início do dia, ela tinha-se queixado do número de crianças que a responsável da creche tinha aceitado, dizendo a uma colega: “Eles só pensam em dinheiro, não se importam connosco”.

Roughley nega homicídio negligente e uma acusação alternativa de crueldade infantil. O julgamento continua.

Leia Também: França. Jovens de 14 e 15 anos atraíram homem para encontro e mataram-no

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