O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, acusou, esta segunda-feira, os Estados Unidos, Reino Unido, França e Ucrânia de colocarem o mundo "à beira de um confronto militar direto entre potências nucleares" por continuarem a apoiar militarmente a Ucrânia.
"Os ocidentais estão perigosamente à beira de um confronto militar direto entre potências nucleares, que tem consequências catastróficas", disse Lavrov, numa conferência de imprensa, em Moscovo, citado pela agência de notícias Reuters.
"Particularmente preocupante é o facto de Estados nucleares ocidentais estarem entre os principais patrocinadores do regime criminoso de Kyiv, os principais iniciadores de várias medidas provocatórias. Vemos nisto sérios riscos estratégicos, que conduzem a um aumento do nível de perigo nuclear", acrescentou.
O alerta de Lavrov surge dois dias após a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos ter aprovado um pacote de ajuda à Ucrânia, no valor de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros), para fazer face à invasão russa. A assistência militar e económica foi o resultado de meses de negociações tensas, mas acabou por receber apoio das duas bancadas parlamentares.
Desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, a Rússia tem alertado para o aumento dos riscos nucleares. No entanto, os Estados Unidos afirmam não ter informações sobre qualquer alteração na postura nuclear russa.
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