A transferência de gás entre os dois países foi hoje retomada com normalidade, sublinhou a Gasgrid, em comunicado.
No primeiro dia após a sua reabertura devem ser transportados 60 gigawatts-hora (GWh) de gás, o equivalente a 70% da sua capacidade máxima diária, acrescentou a empresa.
Embora a operadora não tenha revelado o custo da reparação, a televisão finlandesa YLE noticiou que se aproxima dos 40 milhões de euros.
O gasoduto Balticconnector, inaugurado em 2020, sofreu uma misteriosa fuga no dia 08 de outubro que obrigou ao corte do fluxo de gás entre a Finlândia e a Estónia, após ter sido detetada uma queda repentina de pressão.
Poucos dias depois, as autoridades finlandesas detetaram o ponto exato da fuga e confirmaram que a mesma se devia a um rebentamento de uma tubagem, razão pela qual suspeitaram que se tratava de uma sabotagem semelhante à sofrida pelo gasoduto Nord Stream um ano antes.
Depois de realizarem uma perícia com equipamentos subaquáticos, as autoridades fotografaram algumas marcas bem visíveis no fundo do mar e encontraram uma grande âncora danificada, pelo que descartaram que se tratasse de uma explosão.
O Gabinete Nacional de Investigação da Finlândia (KRP) concluiu que a quebra foi provavelmente causada pela âncora do navio chinês Newnew Polar Bear, embora ainda não tenha sido possível determinar se se tratou de um acidente ou de sabotagem.
O referido navio, que navegava sob bandeira de Hong Kong, encontrava-se nas proximidades do gasoduto no momento da rutura e posteriormente atracou no porto russo de São Petersburgo sem âncora.
As autoridades da Finlândia e da Estónia mantiveram sempre uma estreita cooperação para esclarecer o que aconteceu e também solicitaram a colaboração do Governo chinês, embora até à data não tenha havido progresso na investigação.
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