Reaberto gasoduto finlandês danificado em outubro

O gasoduto subaquático Balticconnector, que liga a Finlândia e a Estónia através do mar Báltico, voltou hoje a funcionar após os danos sofridos há seis meses, em circunstâncias ainda não esclarecidas, divulgou o operador finlandês Gasgrid.

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Lusa
22/04/2024 22:34 ‧ 22/04/2024 por Lusa

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Finlândia

A transferência de gás entre os dois países foi hoje retomada com normalidade, sublinhou a Gasgrid, em comunicado.

No primeiro dia após a sua reabertura devem ser transportados 60 gigawatts-hora (GWh) de gás, o equivalente a 70% da sua capacidade máxima diária, acrescentou a empresa.

Embora a operadora não tenha revelado o custo da reparação, a televisão finlandesa YLE noticiou que se aproxima dos 40 milhões de euros.

O gasoduto Balticconnector, inaugurado em 2020, sofreu uma misteriosa fuga no dia 08 de outubro que obrigou ao corte do fluxo de gás entre a Finlândia e a Estónia, após ter sido detetada uma queda repentina de pressão.

Poucos dias depois, as autoridades finlandesas detetaram o ponto exato da fuga e confirmaram que a mesma se devia a um rebentamento de uma tubagem, razão pela qual suspeitaram que se tratava de uma sabotagem semelhante à sofrida pelo gasoduto Nord Stream um ano antes.

Depois de realizarem uma perícia com equipamentos subaquáticos, as autoridades fotografaram algumas marcas bem visíveis no fundo do mar e encontraram uma grande âncora danificada, pelo que descartaram que se tratasse de uma explosão.

O Gabinete Nacional de Investigação da Finlândia (KRP) concluiu que a quebra foi provavelmente causada pela âncora do navio chinês Newnew Polar Bear, embora ainda não tenha sido possível determinar se se tratou de um acidente ou de sabotagem.

O referido navio, que navegava sob bandeira de Hong Kong, encontrava-se nas proximidades do gasoduto no momento da rutura e posteriormente atracou no porto russo de São Petersburgo sem âncora.

As autoridades da Finlândia e da Estónia mantiveram sempre uma estreita cooperação para esclarecer o que aconteceu e também solicitaram a colaboração do Governo chinês, embora até à data não tenha havido progresso na investigação.

Leia Também: "Frota fantasma" de petroleiros russos pode causar desastre ambiental

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