"O Ministério da Saúde alerta para a propagação de muitas doenças e epidemias como resultado do transbordamento de esgotos nas ruas e entre as tendas dos deslocados, e devido à falta de água potável suficiente disponível", afirmou a entidade, num comunicado publicado na rede social Facebook.
Segundo as autoridades da Faixa de Gaza, estas condições "ameaçam causar um desastre de saúde", especialmente entre as crianças, tendo já sido detetados "numerosos casos" de meningite ou de hepatite entre a população local.
"Apelamos a todas as instituições internacionais e humanitárias interessadas para intervirem rapidamente", pediu o ministério.
A Faixa de Gaza tem sido alvo de bombardeamentos frequentes de Israel, desde que o Hamas atacou território israelita em 07 de outubro passado, matando cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e fazendo quase 240 reféns.
Em retaliação, Israel prometeu destruir o movimento islamita palestiniano e avançou com uma ofensiva que já provocou a morte a mais de 34 mil pessoas -- a maioria das quais civis -- e fez mais de 70 mil feridos.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, ou seja, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.
A população da Faixa de Gaza confronta-se com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
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