A cidade de Veneza, em Itália, começou a cobrar, esta quinta-feira, uma taxa diária aos seus visitantes, uma medida para combater o turismo de massa.
Trata-se de um imposto 'online' de cinco euros, aplicável aos turistas que se desloquem por apenas um dia à cidade e que vai abranger apenas um máximo de 30 dias em que o número de dias é tradicionalmente superior, como fins de semana com pontes na primavera e no verão.
A medida gerou polémica, foi discutida durante largos meses, e foi finalmente aprovada... com o intuito de afastar os turistas em massa da cidade.
Sylvain Pellarin foi o primeiro turista da cidade a pagar a controversa taxa e... não se mostrou nada incomodado.
"Não me importo de pagar se o dinheiro for usado para preservar a cidade", afirmou o francês, de 55 anos, que diz que visita a cidade desde tenra idade e que ao longo dos anos se foi apercebendo do aumento em massa de turistas.
"Acho que é correto pagar para visitar uma cidade como Veneza", defendeu em declarações ao The Telegraph, após ter pago orgulhosamente a taxa de 5 euros.
Ao seu lado, o norte-americano Michanowicz, também concordou. “Penso que é a coisa certa a fazer. Os venezianos já sofreram demasiado com o excesso de turismo. Como turista, vem-se, come-se e vai-se embora. Quem é que vai limpar a porcaria toda? Eu estaria disposto a pagar 10 euros. Se se vai visitar uma cidade bonita, porque não apoiá-la?", disse o homem de 64 anos.
Recorde-se que Veneza, uma cidade insular fundada no século V, tornou-se uma grande potência marítima no século X, estende-se por 118 ilhotas, segundo a Unesco, tendo-se tornado Património da Humanidade em 1987.
'La Serenissima' é uma das cidades mais visitadas do mundo, com 100.000 turistas a pernoitarem em Veneza no pico do turismo, além de dezenas de milhares de visitantes diários.
Além do turismo de massa, Veneza e a sua lagoa sofrem com as marés altas que inundam regularmente a Praça de São Marcos e enfraquecem as fundações dos seus edifícios.
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