Numa publicação na rede social Facebook, Oleksandr Syrsky escreveu que a Rússia está a "atacar ativamente ao longo de toda a linha de frente, alcançando sucessos táticos em vários setores".
"Na tentativa de tomar a iniciativa estratégica e romper a linha da frente, o inimigo concentrou os seus esforços em vários setores, criando assim uma vantagem significativa em termos de forças e meios", explicou.
O comandante-chefe do exército ucraniano relatou a existência na semana passada de "combates violentos", descrevendo uma situação "dinâmica", com certas posições controladas por um lado e depois pelo outro, várias vezes durante o mesmo dia.
No entanto, segundo Oleksandr Syrsky as tropas ucranianas estão a conseguir "melhorar a sua posição tática" em determinadas áreas.
Entre as áreas onde os combates estão a ser mais intensos está o setor de Kupiansk, no nordeste do país, onde os russos "tiveram sucessos parciais, mas foram detidos".
No setor de Kramatorsk (leste), as tropas russas estão na ofensiva para tomar a cidade de Chassiv Yar, mas a "situação mais complicada" está na zona de Pokrovsk e Kurakhové, onde "decorrem os combates ferozes".
Por sua vez, o comandante-chefe do exército ucraniano indicou que as tropas ucranianas se retiraram das cidades de Berdychi, Semenivka e Novomykhailivka.
""Para reforçar a defesa nestes setores as brigadas que recuperaram a sua capacidade de combate são destacadas para substituir as unidades que sofreram perdas", explicou.
Oleksandr Syrsky referiu ainda que se vive uma "situação tensa" no sul do país.
Devido à falta de homens e de munições, as forças ucranianas têm enfrentado um lento avanço desde a queda da cidade-fortaleza de Avdiïvka, em fevereiro.
O comandante-chefe das forças ucranianas, Oleksandr Syrsky, já tinha admitido este mês que a situação na frente oriental se tinha "deteriorado significativamente".
Na segunda-feira, o responsável pela inteligência militar ucraniana, Kyrylo Budanov, defendeu que a situação irá piorar entre maio e junho, o que classificou como um "período difícil" para a Ucrânia.
Na última semana, a situação agravou-se na sequência do súbito avanço do exército russo em direção à aldeia de Ocheretine, um ponto alto estratégico a noroeste de Avdivka, na região ucraniana de Donetsk, e da tomada de várias aldeias.
Além disso, continuam a avançar em direção a Chasiv Yar, cuja eventual captura permitiria ao exército russo ameaçar as fortalezas ucranianas de Sloviansk e Kramatorsk, fundamentais para o controlo da região de Donetsk.
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