Os estudantes, que montaram cinquenta tendas no centro da universidade nas primeiras horas da manhã, também exigem que a Universidade de Toronto, uma das mais importantes do Canadá e da América do Norte, cancele os seus investimentos em Israel.
Erin, uma estudante da Universidade de Toronto que atua como porta-voz dos manifestantes, frisou à agência Efe que os jovens não planeiam retirar-se, apesar de o reitor ter enviado uma carta a exigir que os estudantes abandonem o protesto e desmantelem o acampamento até hoje à noite.
"Exigimos que a Universidade de Toronto cesse os seus investimentos no apartheid de Israel e acabe com a sua cumplicidade na ocupação da Palestina", sublinhou.
Erin referiu-se à situação nos EUA, onde a polícia e grupos pró-Israel agiram violentamente contra os manifestantes nas universidades do país.
"A Universidade de Toronto está a escolher a ameaça de violência, a ameaça de intervenção policial, em vez de fazer o que tem que fazer para acabar com o acampamento: cancelar os seus investimentos em Israel", concluiu.
Tal como nos Estados Unidos, estudantes de numerosas universidades canadianas organizaram protestos na última semana contra a invasão israelita da Faixa de Gaza.
Na quarta-feira, um juiz da província do Quebec recusou-se a ordenar o despejo de um campo de estudantes estabelecido na Universidade McGill, em Montreal, que ali foi estabelecido há seis dias a favor da Palestina e contra as ações de Israel na Faixa de Gaza.
A polícia canadiana teve de intervir hoje quando manifestantes pró-Israel tentaram confrontar estudantes acampados na Universidade McGill.
Em 07 de outubro, um ataque sem precedentes do Hamas em Israel causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas, que responderam com uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza.
A operação israelita provocou cerca de 34.600 mortos e a destruição de muitas infraestruturas em Gaza, de acordo com dados atualizados hoje pelo governo do Hamas.
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