O Ministério do Interior, controlado pelos huthis, declarou em comunicado que os cinco detidos tinham sido recrutados por uma agência de informação denominada "Força 400", dirigida por Ammar Saleh, sobrinho do antigo presidente do Iémen, Ali Abdullah Saleh.
O objetivo da missão, segundo a nota, era "recolher informações e identificar locais de lançamento" utilizados pelos rebeldes na costa ocidental do Iémen "em nome do inimigo norte-americano e israelita".
Os cinco homens foram recrutados pouco depois de os huthis terem iniciado as operações militares que visam a navegação comercial no Mar Vermelho, a 19 de novembro de 2023, e de terem lançado vários ataques com mísseis e drones contra Eilat, no sul de Israel.
De acordo com o ministério huthi, os detidos confessaram "monitorizar locais de lançamento de mísseis, drones e navios militares" e "fornecer as coordenadas" aos superiores da "Força 400" para que esses pontos "fossem atacados por caças norte-americanos e britânicos".
Os cinco foram acusados de "levar a cabo operações criminosas e de sabotagem" e de planear "operações de assassinato utilizando armas com silenciador e materiais explosivos", com o objetivo de "provocar instabilidade" nas zonas controladas pelos houthi, que representam grande parte do noroeste do Iémen.
O comunicado recorda que "trabalhar para agências de espionagem hostis implica pena de morte", ao mesmo tempo que promete "não poupar esforços" para travar "as tentativas de infiltração do inimigo norte-americano e israelita".
O líder dos huthis, Abdelmalek al-Huti, afirmou na quinta-feira passada que a coligação militar liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido lançou 425 ataques contra posições rebeldes no Iémen, matando 40 combatentes e ferindo outros 35 desde o início da campanha, em meados de janeiro.
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