Polónia financia 20 mil terminais de Internet para exército ucraniano

O governo polaco está a financiar uma operação de 20 mil terminais de acesso à Internet por satélite Starlink na Ucrânia, uma rede essencial de telecomunicações para o Exército do país, informaram hoje as autoridades de Varsóvia.

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© SpaceX

Lusa
06/05/2024 20:54 ‧ 06/05/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Hoje temos mais de 20.000 Starlinks, cuja operação é financiada pela Polónia", declarou o ministro polaco da Digitalização, Krzysztof Gawkowski, durante uma visita a Kyiv, citado pela agência PAP.

"A Starlink dá apoio ao Exército ucraniano, mas também aos hospitais", sublinhou.

Em janeiro, o Ministério da Digitalização polaco já tinha indicado que Varsóvia era "o maior fornecedor de terminais Starlink" para Kyiv, com 7.990 unidades.

A Starlink possui uma rede de mais de 2.000 pequenos satélites em órbita baixa acima da Terra ligados a terminais terrestres que podem gerar 'wi-fi' e acesso à Internet.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a SpaceX, empresa do milionário Elon Musk, forneceu vários milhares de terminais, essenciais para as comunicações do Exército ucraniano.

A Ucrânia e Elon Musk mantêm uma relação complexa há vários meses. As autoridades de Kyiv agradeceram-lhe por ter instalado os seus satélites, mas mais tarde ficaram indignadas quando propôs que o país cedesse território para alcançar a paz com Moscovo.

Gawkowski fez hoje uma visita surpresa a Kyiv, onde se encontrou com o Ministro da Transformação Digital, Mykhaïlo Fedorov.

Os dois governantes assinaram um memorando de cooperação no domínio da segurança cibernética.

"Concordámos que as ameaças da Rússia à Polónia e à Ucrânia no domínio cibernético são muito semelhantes", observou o ministro polaco.

"A Polónia está envolvida numa guerra cibernética fria com a Rússia", declarou ainda Gawkowski.

Os governos alemão e checo acusaram na semana passada 'hackers' russos controlados por Moscovo de uma recente campanha de ataques cibernéticos nos seus países, "comportamento malicioso" ao qual a União Europeia prometeu uma resposta firme.

Leia Também: Espionagem. Polónia abre inquérito a juiz que pediu asilo à Bielorrússia

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