Cem manifestantes pró-Gaza acampam na Universidade de Amesterdão

Uma centena de manifestantes instalaram-se hoje em tendas no campus Roeterseiland da Universidade de Amesterdão (UvA), nos Países Baixos, para exigir às autoridades que "acabem com a cumplicidade para com os crimes de Israel" na Faixa de Gaza.

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© NICK GAMMON/AFP via Getty Images

Lusa
06/05/2024 23:15 ‧ 06/05/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Os manifestantes apelam à universidade para romper relações com empresas e instituições israelitas e alertaram que não vão sair do relvado do campus até que as suas exigências sejam satisfeitas, noticiou a agência Europa Press que cita o jornal 'Het Parool'.

O conselheiro do Partido Popular para a Liberdade e a Democracia (VVD, liberal), Stijn Nijssen, apontou na rede social X que este acampamento formado por pessoas que expressam "slogans antissemitas" não faz parte de "um ambiente de aprendizagem seguro para todos os alunos", apelando ao seu desmantelamento.

Protestos pró-Palestina na Europa foram registados nas últimas semanas no Instituto de Estudos Políticos de Paris, conhecido como Sciences Po, e também na Sorbonne, onde ocorreram cenas violentas com detenções e desmobilizações à força.

Da mesma forma, também ocorreram protestos na Universidade de Edimburgo, na Escócia, enquanto os estudantes assumiram os campus da Universidade de Leeds, da Universidade de Londres e da Universidade de Warwick.

Na Alemanha, as forças de segurança expulsaram manifestantes este sábado na Universidade Humboldt, em Berlim, enquanto o primeiro acampamento em Espanha foi registado na Universidade de Valência.

Na sequência da guerra entre Israel e o Hamas, o Exército israelita apelou nas últimas horas aos palestinianos para que abandonem imediatamente os bairros da parte oriental da cidade de Rafah, junto à fronteira com o Egito, perante a iminência de uma ofensiva em que as tropas de Telavive irão "usar força extrema contra organizações terroristas" em zonas residenciais.

As autoridades israelitas disseram que a operação envolveria cerca de 100 mil pessoas e argumentam que as últimas unidades ativas do grupo extremista Hamas estão em Rafah.

A comunidade internacional opõe-se firmemente a esta operação, para a qual as autoridades israelitas alertaram há várias semanas, uma vez que a cidade serve de refúgio a cerca de 1,4 milhões de palestinianos que fugiram de outras zonas do enclave, alvo de uma ofensiva israelita desde outubro de 2023.

O conflito atual foi desencadeado por um ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, com Israel a responder com uma ofensiva que já provocou cerca de 35 mil mortos, segundo balanços das duas partes.

O Hamas controla o pequeno enclave palestiniano com 2,4 milhões de habitantes desde 2007.

Leia Também: Amesterdão proíbe novos hotéis para travar turismo de massas

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