Rei da Jordânia apela para que se evite "novo massacre" em Rafah

O rei Abdullah II da Jordânia apelou esta noite em Washington à comunidade internacional para que tudo faça para evitar "um novo massacre" em Rafah, quando Israel se prepara para uma ofensiva nesta cidade do sul da Faixa de Gaza.

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© Royal Hashemite Court/Handout/Anadolu via Getty Images

Lusa
07/05/2024 06:12 ‧ 07/05/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Durante um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca, o rei da Jordânia "alertou que o ataque israelita a Rafah, onde 1,4 milhões de palestinianos estão deslocados pela guerra, ameaçava levar a um novo massacre", segundo um comunicado de imprensa da embaixada jordana em Washington.

O Governo jordano alertou por seu lado que Israel "está a pôr em perigo o acordo de cessar-fogo" para a Faixa de Gaza, proposto pelo Qatar e pelo Egito, países mediadores entre as partes, e que teve a aprovação do grupo islamita palestiniano Hamas.

"Grandes esforços foram feitos para se chegar a um acordo de troca de reféns e conseguir um cessar-fogo. O Hamas fez uma oferta. Se [o primeiro-ministro israelita, Benjamin] Netanyahu realmente quiser um acordo, ele negociará a oferta seriamente. Se não, está a colocar o acordo em perigo ao bombardear Rafah", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, através da rede social X.

Joe Biden também reafirmou hoje ao primeiro-ministro israelita a "posição clara" dos Estados Unidos contra uma ofensiva terrestre em Rafah.

"O Presidente [Biden] reiterou a sua posição clara sobre Rafah", afirmou a Casa Branca, em comunicado sobre a conversa telefónica entre os dois líderes.

Apesar disso, o Gabinete de Guerra israelita, chefiado por Benjamin Netanyahu, decidiu hoje prosseguir a ofensiva em Rafah, ao mesmo tempo que concordou continuar as negociações para uma trégua com o Hamas.

"Embora a proposta do Hamas fique muito aquém dos requisitos de Israel, Israel enviará uma delegação para esgotar a possibilidade de chegar a um acordo em condições aceitáveis", afirmou o gabinete de Netanyahu em comunicado.

Nesse sentido, Israel informou que manterá a decisão de realizar uma ofensiva militar contra Rafah "para exercer pressão militar sobre o Hamas", com a finalidade de "avançar na libertação dos reféns" sequestrados pelas milícias palestinianas no dia 07 de outubro, e de alcançar os seus "objetivos na guerra".

Esta declaração surge depois de o chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, ter confirmado aos mediadores do Egito e do Qatar que aceitou uma proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, enquanto as Forças de Defesa israelitas anunciavam que bombardearam ao fim do dia mais de 50 alvos do grupo palestiniano na região de Rafah.

Hoje de manhã, Israel emitiu uma ordem de evacuação para a região das zonas orientais de Rafah, afetando cerca de cem mil pessoas, num primeiro passo de uma ofensiva em grande escala contra a região, onde se encontram mais de 1,2 milhões de deslocados.

Há vários meses que Egito e Qatar têm mediado conversações entre Israel e o Hamas, procurando encontrar uma solução para a guerra desencadeada pelo ataque do movimento islamita em território israelita, em 07 de outubro passado, a que se seguiu desde então uma retaliação em grande escala das forças de Telavive na Faixa de Gaza.

Leia Também: Qatar envia delegação ao Egito para procurar cessar-fogo na Faixa de Gaza

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