"Opomo-nos à utilização da crise ucraniana para culpar outros, difamar um terceiro país e desencadear uma nova Guerra Fria", frisou o líder chinês durante uma conferência de imprensa a partir de Paris, onde se encontra em visita oficial.
Xi Jinping apontou ainda a Macron que a China e a União Europeia "devem continuar a ser parceiras, continuar o diálogo e a cooperação", bem como "aprofundar a comunicação estratégica" e "fortalecer a confiança mútua".
O chefe de Estado francês já tinha indicado que ambos partilham "a mesma vontade" de "respeitar a integridade territorial" dos países.
Macron elogiou "os compromissos" por parte de Pequim de "abster-se de vender armas" a Moscovo.
"Acreditamos juntos que uma trégua olímpica para todos os cenários de guerra pode ser uma oportunidade para trabalhar em prol de uma solução duradoura com total respeito pelo Direito Internacional", frisou o governante francês, agradecendo ao homólogo chinês pela sua "disposição de se comprometer na mesma direção".
Xi iniciou este domingo a sua primeira visita à Europa em cinco anos em França, uma viagem em que partilhará posições sobre o desenvolvimento económico e o papel global do seu país com líderes de dois modelos políticos, um destes firmemente enraizado na União Europeia, representado em França, e outro mais próximo do ambiente russo e chinês, como a Hungria e a Sérvia.
O líder chinês, aliado do Presidente russo Vladimir Putin, recusou-se a descrever o conflito como uma invasão russa e culpou a aliança ocidental por parte da responsabilidade pela sua eclosão.
Sobre a situação na Faixa de Gaza, e guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, apelou à contenção para evitar um conflito regional maior.
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