O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o Ministério dos Negócios Estrangeiros disseram numa declaração conjunta que Israel fará tudo o que puder "para garantir que seja feita justiça".
"Israel utilizará todos os meios à sua disposição para garantir que seja feita justiça e que os responsáveis pela sua morte sejam responsabilizados", acrescentaram no comunicado citado pelas agências francesa AFP e norte-americana AP.
Zvi Kogan desapareceu na quinta-feira e suspeitou-se que tivesse sido raptado.
Os EAU são um dos países árabes que normalizaram as relações com Israel no âmbito dos Acordos de Abraão de 2020, promovidos por Donald Trump durante o seu primeiro mandato como Presidente dos Estados Unidos (2017-2021).
Zvi Kogan, 28 anos, um rabino ultraortodoxo, geria uma mercearia no Dubai, para onde os israelitas se deslocam em busca de comércio e turismo desde que os dois países estabeleceram laços diplomáticos.
O gabinete de Netanyahu disse no sábado que Kogan estava desaparecido há dois dias nos EAU e já sugeria um "motivo terrorista", embora sem fornecer pormenores que o sustentassem.
A Mossad, os serviços secretos externos de Israel, abriu um inquérito, segundo o gabinete de Netanyahu.
As autoridades dos Emirados afirmaram ter "lançado imediatamente operações de busca" para encontrar Tzvi Kogan.
O Governo israelita não deu hoje qualquer indicação sobre o local onde o corpo foi encontrado nem sobre a identidade dos suspeitos.
As circunstâncias que rodearam a morte do rabino permanecem obscuras, incluindo nos meios de comunicação social israelitas.
De acordo com a imprensa israelita, Tzvi Kogan era um emissário do movimento hassídico Habad Loubavitch, há muito radicado nos EAU.
Trata-se de um movimento ultraortodoxo impulsionado por um compromisso missionário mundial para reforçar a identidade judaica e aproximar os judeus da fé, particularmente através de centros comunitários.
O desaparecimento de Kogan ocorreu no momento em que o Irão ameaça retaliar contra Israel, depois de os dois países terem trocado tiros em outubro.
Embora a declaração israelita não mencione o Irão, os serviços secretos iranianos já efetuaram raptos nos Emirados Árabes Unidos.
As autoridades ocidentais acreditam que o Irão dirige operações de informação nos EAU e controla as centenas de milhares de iranianos que vivem no país.
O Irão é suspeito de ter raptado e posteriormente assassinado o cidadão iraniano britânico Abbas Yazdi no Dubai em 2013, segundo a AP.
O Irão nunca negou o seu envolvimento.
Em 2020, o Irão raptou também o iraniano de nacionalidade alemã Jamshid Sharmahd no Dubai, levando-o de volta para Teerão, onde foi executado em outubro.
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