"Em primeiro lugar, isso (a cerimónia de posse) é para os cidadãos russos que votaram no seu presidente, todo o resto é secundário", declarou Peskov, descartando a possibilidade do Kremlin retaliar contra aqueles que optaram por não ir às celebrações em Moscovo.
"Não creio que isto seja motivo para retaliar", assegurou o porta-voz, minimizando o facto de, depois de terem sido convidados vários representantes europeus e dos Estados Unidos, "após longas e intensas consultas com as suas capitais, estes terem decidido não comparecer".
Portugal esteve hoje ausente da cerimónia de posse de Vladimir Putin para um quinto mandato de seis anos como Presidente da Rússia, disse à Lusa fonte do Governo.
Na segunda-feira, o alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, apelou aos Estados-membros para que não enviassem representantes diplomáticos à tomada de posse. "A sua decisão (de não comparecer à posse de Putin) acaba por atingir, principalmente, os cidadãos russos", disse Peskov.
O porta-voz destacou ainda a presença de alguns dos filhos dos soldados russos que morreram na Ucrânia.
"Esses são os filhos dos heróis da Rússia", sublinhou em declarações à televisão estatal russa.
O Presidente russo, Vladimir Putin, no poder desde 2000, tomou hoje posse no Kremlin, em Moscovo, para um quinto mandato de seis anos à frente da Rússia.
"Juro (...) respeitar e proteger os direitos humanos e civis e as liberdades, respeitar e proteger a Constituição, a soberania, a independência, a segurança e a integridade do governo", declarou Putin, citado pela agência francesa AFP.
Putin disse que liderar a Rússia "é um dever sagrado" e prometeu que o país saíra "mais forte" do "período difícil" que atravessa.
A Rússia está em guerra com a Ucrânia, que invadiu em 2022, e é alvo de sanções internacionais por causa da ofensiva contra o país vizinho.
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