O exército disse em comunicado que quatro morteiros atingiram a zona de Kerem Shalom sem causar feridos ou danos, segundo a agência francesa AFP.
O braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qassam, anunciou antes que tinha disparado foguetes contra as tropas israelitas junto à passagem de Kerem Shalom.
As brigadas já tinham reivindicado a responsabilidade por disparo de foguetes no domingo.
O exército israelita enviou hoje tanques para Rafah e assumiu o controlo do lado palestiniano da passagem de fronteira com o Egito, sete meses após o início da guerra contra o Hamas em Gaza.
Os bombardeamentos noturnos na cidade causaram a morte de pelo menos 27 pessoas, segundo dois hospitais de Rafah citados pela AFP.
O exército divulgou imagens que mostravam tanques com a bandeira israelita hasteada em Rafah e alegou estar a levar a cabo uma operação antiterrorista em "áreas específicas" do leste da cidade.
Na véspera, o exército israelita tinha apelado para a retirada de dezenas de milhares de famílias do leste da cidade, onde vivem 1,4 milhões de palestinianos, segundo a ONU.
A medida foi vista como uma antecipação de uma ofensiva terrestre que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu lançar para eliminar os últimos batalhões do Hamas.
A ONU anunciou hoje que o exército israelita lhe negou o acesso a Rafah, a principal porta de entrada da ajuda humanitária no território palestiniano.
"Centenas de camiões carregados de combustível e de ajuda humanitária estão bloqueados" no Egito na sequência do encerramento das passagens de Rafah e Kerem Shalom, segundo fontes egípcias.
A ONU afirmou também que só dispõe de um dia de abastecimento de combustível para as operações humanitárias em Gaza, devido ao encerramento de Rafah.
Enquanto Israel prossegue as operações militares, novas conversações deverão realizar-se no Cairo, depois de o Hamas ter aceitado, na segunda-feira, um projeto de acordo para tentar pôr fim à guerra.
A proposta, apresentada pelos países mediadores, está "muito longe das exigências israelitas", respondeu o gabinete de Netanyahu.
O atual conflito foi desencadead0 por um ataque sem precedentes do movimento islamita em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos, segundo Israel.
A ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza provocou cerca de 34.800 mortos, de acordo com o governo do Hamas, que controla o território desde 2007.
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