O Presidente norte-americano Joe Biden anunciou no início de março a criação desta estrutura temporária, perante os bloqueios de Israel à entrega de ajuda por via terrestre ao território palestiniano sitiado e assolado por uma catástrofe humanitária, noticiou a agência France-Presse (AFP).
O custo da construção do porto deverá ficar em torno dos 320 milhões de dólares (297 milhões de euros, à taxa de câmbio atual).
"Até à data, a construção das duas partes do porto artificial (...) está concluída" e devem agora ser transferidas para a sua localização definitiva, explicou, em declarações aos jornalistas, a porta-voz adjunta do Pentágono, Sabrina Singh.
"Hoje ainda há ventos fortes e ondas fortes criando condições perigosas para a movimentação de elementos" do porto, realçou.
A construção desta estrutura foi transferida para Ashdod devido ao mau tempo na semana passada.
Quando o tempo permitir, o porto será ligado à costa de Gaza por soldados israelitas para evitar a presença das tropas norte-americanas no terreno.
Os Estados Unidos consideraram hoje inaceitável o encerramento por Israel de dois importantes pontos de entrada para ajuda humanitária em Gaza, os de Rafah e Kerem Shalom, de acordo com um porta-voz da Casa Branca.
"Os pontos de passagem fechados devem reabrir, é inaceitável que estejam fechados", vincou Karine Jean-Pierre, especificando que o ponto de entrada do Kerem Shalom deverá reabrir na quarta-feira.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou quase 35.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.
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