Durante uma conversa telefónica com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, o chefe da diplomacia egípcia, Sameh Chukri, sublinhou "a importância de instar as partes a mostrarem flexibilidade e a envidarem todos os esforços para chegarem a um acordo de tréguas e, assim, pôr fim à tragédia humanitária" em Gaza, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.
O Egito considerou que as negociações no Cairo, que falharam esta semana o objetivo de chegar a um acordo de tréguas, estão atualmente numa "fase delicada", uma vez que as delegações do Hamas e de Israel abandonaram a capital egípcia, referiu na mesma nota.
O Cairo receia igualmente que "os perigos" de uma operação israelita em Rafah, cidade no sul de Gaza situada na fronteira com o Egipto, ameacem a "estabilidade e a segurança" da região, disseram diplomatas egípcios.
Durante a conversa telefónica, Blinken reafirmou a oposição dos Estados Unidos a "uma grande operação militar em Rafah" e a "qualquer deslocação forçada de palestinianos de Gaza", disse o porta-voz do Departamento do Estado norte-americano Matthew Miller.
Na terça-feira, o exército israelita enviou tanques para Rafah e assumiu o controlo do posto fronteiriço com o Egito, bloqueando a principal porta de entrada das caravanas de ajuda humanitária no enclave palestiniano.
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