O Ministério Público francês pediu, esta segunda-feira, uma multa de 400.000 euros contra a empresa público-privada francesa de caminhos de ferro (SNCF) no processo do acidente de TGV que matou 11 pessoas e feriu 42 na Alsácia, a 14 de novembro de 2015.
O MP pediu uma coima de 200.000 euros, multiplicada por dois “devido ao estado de reincidência jurídica”, ou seja, 400.000 euros, contra a SNCF e uma multa de 150.000 euros, multiplicada por dois também devido ao estado de reincidência jurídica, ou seja, 300.000 euros, contra a empresa SNCF-Réseau. A Systra, empresa de engenharia responsável pelos ensaios, foi multada em 225.000 euros.
Segundo o Le Parisien, o Ministério Público ainda pediu uma pena de prisão suspensa de um ano para Denis T., o maquinista do comboio, e uma pena de prisão suspensa de dois anos para Francis L., o gestor encarregado de lhe dar instruções de travagem e aceleração. No entanto, o magistrado excluiu qualquer “responsabilidade penal” de Philippe B., o técnico da Systra - a empresa responsável pela realização dos testes - encarregado de informar o maquinista sobre as particularidades da via.
Recorde-se que o comboio de alta velocidade francês descarrilou em 2015 enquanto fazia testes. Onze pessoas morreram e 42 ficaram feridas, entre as quais quatro menores que não deveriam estar no TGV, bem como outros “convidados”.
O TGV efetuava ensaios na nova linha de alta velocidade no norte de Estrasburgo e, por isso, só deveria transportar técnicos dos Caminhos de Ferro de França.
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