Netanyahu recordou, num discurso em vídeo publicado no seu perfil na rede social X, que "há 76 anos" os israelitas estavam sozinhos.
"Poucos contra muitos. Cinco exércitos árabes invadiram o nosso território para eliminar o país que acabava de nascer", apontou.
"Hoje estamos mais fortes do que nunca, mas a vontade de nos destruir não desapareceu, ainda está aqui. Vimos isso no passado dia 07 de outubro (...) Este não é um Dia da Independência qualquer, mas é uma oportunidade especial para compreender o significado da nossa independência", acrescentou.
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— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) May 13, 2024
O primeiro-ministro israelita dedicou também algumas palavras às famílias dos reféns, que "estão a sofrer terrivelmente", e reiterou que todos os raptados pelas milícias palestinianas na Faixa de Gaza regressarão a casa "sãos e salvos", segundo o 'The Times of Israel', citado pela agência Europa Press.
Antes da cerimónia oficial, que este ano foi pré-gravada, quase mil pessoas reuniram-se hoje num anfiteatro em Binyamina, no norte de Israel, para exigir o resgate dos reféns.
As negociações indiretas entre Israel e o Hamas para alcançar uma trégua em Gaza associada à libertação de reféns parecem estar num impasse, depois das delegações dos países mediadores (Egito, Catar e Estados Unidos) terem deixado o Cairo na quinta-feira sem um acordo, após demoradas negociações.
Uma das grandes diferenças em relação aos outros anos é que o tradicional acendimento das tochas acontecerá nos 'kibutzs' próximos ao enclave palestiniano e que foram atacados em 07 de outubro pelas milícias palestinianas.
Telavive e Jerusalém não terão fogo-de-artifício, de acordo com as autoridades locais, e todos os eventos serão realizados em menor escala para respeitar a dor das famílias dos reféns.
Em 07 de outubro combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando mais de 1.170 pessoas, na maioria civis.
Fizeram também mais de 250 reféns, 128 dos quais permanecem em cativeiro e 36 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que hoje entrou no 220.º dia, continuando a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, e fez até agora na Faixa de Gaza 35.034 mortos, mais de 78.000 feridos e milhares de desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.
O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
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