Zelensky pede aos EUA mais sistemas de mísseis para defender Kharkiv

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje aos Estados Unidos mais dois sistemas de mísseis "Patriot" para defender a cidade de Kharkiv durante uma reunião em Kiev com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

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Lusa
14/05/2024 13:51 ‧ 14/05/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Zelensky disse a Blinken que a Ucrânia tem um enorme défice de sistemas antiaéreos.

"Este é o nosso maior défice. Penso que este é o maior problema", disse Zelensky, citado pela agência ucraniana Ukrinform.

A Rússia lançou na sexta-feira uma ofensiva junto a Kharkiv, a segunda cidade da Ucrânia, no nordeste do país, conseguindo assumir o controlo de cinco aldeias naquela região e na de Donetsk.

De acordo com o Estado-Maior ucraniano, a Rússia está a obter "sucessos táticos" e de três dezenas aldeias têm estado sob fogo inimigo, o que obrigou a retirar cerca de 7.000 pessoas da região.

A operação suscitou o receio de um avanço russo contra um exército ucraniano sem recursos e já sob forte pressão nas frentes leste e sul.

"As pessoas estão sob fogo. Estão preocupadas, estão a ser alvo de ataques russos", insistiu Zelensky.

O líder ucraniano disse também ser fundamental para a Ucrânia que a ajuda militar aprovada recentemente pelos Estados Unidos "chegue o mais rapidamente possível".

Os Estados Unidos aprovaram há cerca de três semanas um pacote de ajuda no valor de 61 mil milhões de dólares (56,5 mil milhões de euros, ao câmbio atual).

Grande parte dessa ajuda, alguma da qual já chegou à Ucrânia, destina-se a repor a artilharia e os sistemas de defesa aérea, que se encontram muito esgotados.

"A ajuda está a caminho e fará uma verdadeira diferença no campo de batalha", prometeu Blinken no início do encontro com Zelensky, citado pela agência francesa AFP.

Blinken chegou a Kyiv hoje de madrugada, numa visita não anunciada, para garantir o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia, que luta para se defender dos ataques russos cada vez mais intensos.

"Sabemos que este é um momento difícil", reconheceu Blinken, segundo a agência norte-americana AP.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos acrescentou que Washington fará tudo o que for possível para ajudar a Ucrânia a ultrapassar os desafios críticos que vai enfrentar nos próximos meses.

Trata-se da quarta viagem de Blinken a Kyiv desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

A invasão desencadeou uma guerra que destruiu parte do país e cujo balanço de vítimas se desconhece.

Leia Também: Melo confirma visita de Zelensky. "Está a ser preparada com reserva"

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