Coordenadora da ONU condena ataques russos em Kharkiv e Kherson

A coordenadora humanitária da ONU na Ucrânia, Denise Brown, condenou hoje ataques russos em Kherson, no sul do país, e em Kharkiv, no nordeste, lembrando que os civis vítimas destas ações militares "não são alvos".

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© Wojciech Grzedzinski/Anadolu via Getty Images

Lusa
16/05/2024 18:23 ‧ 16/05/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Em comunicado, a coordenadora das Nações Unidas comentou "notícias adicionais devastadoras" provenientes de Kherson, a dar conta de que "dezenas de civis, incluindo duas crianças, sofreram ferimentos devido aos ataques" e de casas e instalações de ensino "novamente atingidas nesta cidade devastada pela guerra".

Segundo as autoridades locais, ataques aéreos russos deixaram 17 civis feridos em Kherson na quarta-feira, a juntar a outros seis em Mykolaiv, também na região sul da Ucrânia.

Denise Brown afirma que estas notícias ocorrem um dia depois de ter visitado a região fronteiriça de Kharkiv, onde a Rússia desencadeou na última semana uma grande ofensiva, abrindo uma nova frente de combate.

"Presenciei as consequências terríveis dos ataques intensificados das Forças Armadas da Federação Russa contra milhares de pessoas que tiveram de fugir para salvar as suas vidas, deixando para trás tudo o que possuíam", descreveu a coordenadora da ONU, referindo que "muitos são idosos que temem nunca mais poder voltar".

Entre 09 e 15 de maio, os russos conquistaram 257 quilómetros quadrados só na região de Kharkiv, segundo uma análise hoje divulgada da agência France Presse (AFP) com base em dados fornecidos pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW).

Os serviços de emergência registam 8.800 pessoas retiradas nos últimos dias na região.

Segundo Denise Brown, "a comunidade humanitária está a trabalhar incansavelmente para apoiar as pessoas nesta tragédia humana", apelando para o respeito do direito humanitário internacional.

"A segurança dos civis, das casas, das escolas e dos hospitais deve ser garantida. Eles não são um alvo", declarou.

Leia Também: Ucrânia. Dinamarca aprova novo pacote de ajuda militar de 750 milhões

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