Robert Fico "não é pró-Rússia, apenas pragmático e não russófobo"
O ex-presidente russo considerou que "existem apenas algumas pessoas como o primeiro-ministro eslovaco na Europa".
© Getty Images
Mundo Dmitry Medvedev
O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, comentou, na quinta-feira, o ataque ao primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, que foi baleado após uma reunião do governo eslovaco, em Handlova, na quarta-feira.
Fico, sublinhe-se, chegou ao poder em 2023 e pôs fim à ajuda militar de Bratislava à Ucrânia a apelou a conversações de paz entre Kyiv e Moscovo, gerando críticas das autoridades ucranianas e dos seus aliados europeus. No entanto, para o ex-presidente russo, o eslovaco "não é de alguma forma pró-Rússia", mas sim "apenas pragmático e não russófobo".
"Será surpreendente que, pela primeira vez em décadas, tenha sido feita na Europa uma tentativa de assassinato contra um político que assumiu uma posição razoável em relação à Rússia?", começou por questionar Medvedev, na plataforma Telegram.
"A propósito, não é de forma alguma pró-Rússia. Apenas um pragmático e não russófobo", considerou.
Medvedev afirmou que não comunica com Robert Fico desde 2008, ano em que foi eleito presidente da Rússia, mas descreve-o como alguém que "não perdeu o contacto com a realidade e não quer que os seus cidadãos se transformem em cinzas radioativas", algo que o tornou "um alvo".
"Existem apenas algumas pessoas como o primeiro-ministro eslovaco na Europa. E elas precisam de cuidar urgentemente da sua segurança", alertou.
Sobre o atacante de Fico, um escritor eslovaco de 71 anos, Medvedev considerou tratar-se de um "pária feroz da intelectualidade". "As suas ações são a quinta-essência da nova Europa: idiota, russofóbica, vassalo desenfreada e completamente sem cabeça", acusou.
Robert Fico, de 59 anos, foi atingido com vários tiros à saída de uma reunião do governo, na cidade de Handlova, e encontra-se ainda em estado grave. O atacante justificou o ataque com o facto de não gostar das políticas do executivo.
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