Irão confirma negociação indireta com os Estados Unidos em Omã
O Irão confirmou hoje que as negociações com os Estados Unidos que visam evitar uma escalada de ataques no Médio Oriente continuam em Omã mas de forma indireta pois estes dois países não mantêm relações diplomáticas.
© Reuters
Mundo Médio Oriente
Na sexta-feira, o 'site' de notícias americano Axios informou que decorreram negociações "esta semana" entre Teerão e Washington sobre "como evitar uma escalada de ataques" no Oriente Médio.
Já a representação do Irão na ONU confirmou "a informação publicada sobre negociações indiretas entre o Irão e os Estados Unidos em Omã", informou a agência oficial Irna, mas não acrescentou pormenores sobre a data e o conteúdo das reuniões.
"Não foram as primeiras e não serão as últimas", referiu a agência.
Segundo o Axios, que disse não saber quem representa Teerão, as negociações foram lideradas, do lado americano, pelo conselheiro do presidente americano para o Médio Oriente, Brett McGurk, e pelo enviado para o Irão, Abram Paley.
Estas negociações têm sido mediadas por responsáveis de Omã e decorreram pouco mais de um mês depois do ataque, sem precedentes, levado a cabo a 13 de abril pelo Irão contra Israel.
A maioria dos 350 drones e mísseis lançados foram intercetados com a ajuda dos Estados Unidos e de vários outros países aliados.
Este ataque, que suscitou receios sobre o risco de uma guerra regional, seguiu-se a um ataque aéreo contra a embaixada iraniana em Damasco atribuído a Israel.
Desse ataque resultou a morte de sete membros da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, incluindo dois generais.
Paralelamente, Washington acusa Teerão de apoiar os rebeldes Huthis do Iémen que realizam ataques contra navios no Mar Vermelho, alegando que o fazem em solidariedade com os palestinianos em Gaza.
Os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas com o Irão desde 1979 e são representados em Teerão pela embaixada suíça.
Nos últimos anos, os dois países mantiveram negociações indiretas sobre uma troca de prisioneiros, a libertação de fundos iranianos bloqueados no estrangeiro e medidas para limitar o programa nuclear do Irão.
Leia Também: UE alarga sanções contra Irão para incluir exportação de mísseis
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com