"Com que autoridade ousa comparar os monstros do Hamas com os soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), o Exército mais moral do mundo?", questionou Netanyahu, numa mensagem de vídeo.
O chefe do Governo israelita garantiu que a decisão de Karim Khan de solicitar mandados de detenção para altos funcionários israelitas, Netanyahu e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, ao mesmo tempo em que o fez para três líderes do grupo islamita palestiniano Hamas - Yahya Sinwar, Ismail Haniyeh e Mohamed Deif - é uma "completa distorção da realidade".
Khan pediu hoje aos juízes do TPI permissão para emitir mandados de captura contra estas cinco autoridades por alegados crimes de guerra durante os ataques do Hamas de 07 de outubro e a subsequente ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
Entre os crimes pelos quais o procurador-geral responsabiliza os dois responsáveis israelitas estão o uso da fome como "método de guerra" contra civis e o "assassínio intencional", enquanto responsabiliza os líderes do Hamas pela morte de centenas de civis israelitas em 07 de outubro.
"Como primeiro-ministro de Israel, rejeito com desgosto a comparação feita pelo procurador de Haia entre o Israel democrático e os assassinos em massa do Hamas", enfatizou o primeiro-ministro israelita.
Netanyahu também acusou de antissemitismo a instituição, da qual Israel não faz parte, tal como os Estados Unidos, pelo que não é obrigado a seguir as suas ordens.
No entanto, todos os países da União Europeia (UE) ratificaram o Estatuto de Roma, pelo que, se as ordens forem emitidas, o governante israelita não poderá atravessar as fronteiras europeias, embora ainda não seja claro quais os governos que cumpriram a decisão.
Os pedidos de mandados ocorrem mais de sete meses após o início de uma nova guerra na Faixa de Gaza, desencadeada por um ataque terrorista do Hamas em solo israelita, que deixou acima de 1.100 mortos e cerca de 250 pessoas levadas como reféns.
Em retaliação, Israel empreendeu desde então uma ofensiva em grande escala no território palestiniano, que já fez mais de 35 mil mortos, na maioria civis, segundo o Governo do Hamas, e provocou uma grave crise humanitária.
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