Todd Blanche, advogado de Trump, indicou hoje ao juiz que a defesa não irá chamar mais testemunhas, após ter chamado um antigo procurador federal que colocou em causa a credibilidade da testemunha principal da acusação, Michael Cohen, ex-funcionário do empresário que terá sido peça central nos subornos, segundo a acusação.
O júri foi mandado para casa até dia 28, altura em que são esperadas as alegações finais, mas os advogados ainda discutem hoje a forma como o juiz irá instruir os jurados sobre as deliberações.
Trump, o primeiro ex-presidente norte-americano a ser julgado criminalmente, também não prestou declarações à saída do tribunal, ignorando a questão sobre a razão de não testemunhar.
O recandidato presidencial republicano tinha dito anteriormente que queria testemunhar para se defender do que afirma serem acusações com motivações políticas.
Trump está a ser julgado por 34 falsificações de documentos contabilísticos alegadamente utilizados para ocultar um pagamento de um escândalo sexual que terá ocorrido antes da campanha presidencial de 2016.
Após mais de quatro semanas de depoimentos, os jurados poderão começar a deliberar na próxima semana para decidir se o antigo presidente é culpado, ou não, de 34 acusações de falsificação de registos comerciais.
Os procuradores acusaram Trump de um esquema para silenciar histórias negativas antes da sua campanha presidencial de 2016 contra a democrata Hillary Clinton e, em seguida, falsificar registos internos de negócios para encobrir um escândalo sexual.
Trump declarou-se inocente e negou qualquer irregularidade no caso.
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