O chefe do Exército sueco, Mikael Buden, salientou que "quem controla a ilha de Gotland controla o Báltico" e avisou que a Rússia tem o território insular sob atenção.
Mikael Buden, em declarações ao canal RND, afirmou ainda que, se necessário, o território "pode ser utilizado para efetuar operações ofensivas".
No dia 11 de maio, um alto funcionário do departamento europeu do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse que tanto a Finlândia como a Suécia representam uma ameaça para a segurança russa desde a adesão à Aliança Atlântica.
Na terça-feira, o Ministério da Defesa russo propôs a revisão dos limites das águas territoriais da Rússia no Mar Báltico, uma proposta que poderia entrar em vigor no próximo ano e que ajustaria a fronteira marítima em torno das ilhas russas no Golfo da Finlândia e ao largo de Kaliningrado (enclave russo desde 1945 entre a Lituânia e a Polónia).
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse hoje que o país "foi forçado a tomar medidas na zona para garantir a segurança".
"Vemos como a 'tensão' está a aumentar, qual é o nível de confrontação, especialmente na região do Báltico. Isto exige que as nossas instituições tomem medidas específicas para garantir a nossa segurança", disse Peskov durante uma conferência de imprensa.
O porta-voz da Presidência da Rússia descartou que a iniciativa sobre a fronteira marítima na região tenha "qualquer fundo político", apesar de poder conduzir a uma alteração "séria" da situação política na região, e atribuiu o aumento da tensão à "onda expansionista da NATO".
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