Num comunicado, o Exército identificou os três soldados mortos como Gideon Chay DeRowe, de 33 anos, da unidade de elite Yahalom das Forças de Engenharia de Combate; Israel Yudkin, de 22 anos, do batalhão ultraortodoxo Netzah Yehuda; e Eliyahu Haim Emsallem, de 21 anos, da mesma brigada.
Emsallem e Yudkin foram mortos num ataque de francoatiradores do movimento islamita palestiniano Hamas em Beit Hanun, no norte da Faixa de Gaza, e DeRowe morreu numa explosão num edifício na mesma zona, segundo o Exército israelita.
O comunicado indica também que outros dois soldados ficaram "gravemente feridos" na mesma explosão.
As tropas israelitas retomaram a 13 de maio os combates no norte do enclave palestiniano, partindo do princípio de que o Hamas se tinha reagrupado naquela zona onde, meses antes, tinham assegurado que as suas operações estavam concluídas.
Desde então, a sua ofensiva tem como alvo o campo de refugiados de Jabalia, a cidade de Beit Hanun, a zona de Zeitun e dois dos principais hospitais da zona: Kamal Adwan, evacuado na terça-feira e fora de serviço, e Al-Awda, cercado há quatro dias, sem que ninguém possa entrar ou sair.
Hoje, as Forças de Defesa de Israel (FDI) também comunicaram o destacamento de uma quinta brigada para a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, numa altura em que alastra os seus ataques apesar das críticas da maioria dos países e organizações internacionais.
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o movimento islamita palestiniano Hamas depois de este, horas antes, ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando mais de 1.170 pessoas, na maioria civis.
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - fez também 252 reféns, 124 dos quais permanecem em cativeiro e 37 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.
A guerra, que hoje entrou no 229.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 35.700 mortos, cerca de 80.000 feridos e de 10.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.
O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
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